Itália diz não saber paradeiro de Carla Zambelli

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O governo italiano declarou nesta quinta-feira (13) que desconhece o paradeiro da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), alvo de um mandado de prisão internacional emitido pela Justiça brasileira. A afirmação foi feita pela vice-ministra do Interior da Itália, Wanda Ferro, durante resposta à interpelação do deputado de oposição Angelo Bonelli (esquerda).

Segundo Ferro, Zambelli chegou ao aeroporto de Fiumicino, em Roma, às 11h40 do dia 5 de junho, chegando de Miami, utilizando passaporte italiano. No entanto, a inclusão de seu nome na lista da Interpol só ocorreu às 16h24 do mesmo dia — quase cinco horas após sua entrada no país. “Essa diferença de horário impediu qualquer ação por parte da polícia italiana”, justificou a vice-ministra.

Bonelli reagiu com indignação e classificou a explicação como “absurda e inaceitável”. Ele afirma ter alertado o governo italiano com 36 horas de antecedência sobre a chegada de Zambelli, além da ampla divulgação da viagem pela imprensa. Para o parlamentar, o governo falhou ao não monitorar a deputada. “Permitiram que uma procurada entrasse livremente. É uma vergonha”, disse.

A vice-ministra ainda acrescentou que as investigações estão em curso em parceria com autoridades brasileiras, e os dados já foram enviados ao Ministério Público de Roma. No entanto, até o momento, Zambelli não foi localizada. Não há informações se ela seria extraditada imediatamente após o governo italiano identificar a localização da parlamentar brasileira.

Bonelli foi mais longe e acusou o governo de Giorgia Meloni de supostamente proteger Zambelli por afinidades políticas, apontando a ligação entre o partido de Lega, aliado da primeira-ministra, e o ex-presidente Jair Bolsonaro. “A Itália não pode virar refúgio de golpistas”, declarou.

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