O consumo de café no Brasil sofreu uma queda acentuada de 15,96% em abril de 2025, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O recuo ocorre em meio a fortes reajustes nos preços, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (22) pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC).
De acordo com o IBGE, o grão acumula alta de 80% nos últimos 12 meses até abril, o que representa o maior índice inflacionário para o produto em três décadas.
No primeiro quadrimestre deste ano, o total de sacas de 60 quilos comercializadas no varejo chegou a 4,7 milhões, representando retração de 5% em relação ao mesmo período de 2024. A ABIC ressalta que o varejo é responsável por entre 73% e 78% do consumo de café no país.
Os tipos de café que mais sentiram o impacto da inflação foram os seguintes:
Solúvel: aumento de 85%
Gourmet: alta de 56%
Tradicional/Extraforte: 50% mais caro
Especial: elevação de 42,3%
Superior: reajuste de 29%
A entidade já havia antecipado, em fevereiro, que o consumidor sentiria novos aumentos nos meses seguintes, uma vez que as indústrias ainda estavam repassando os custos mais altos da matéria-prima adquirida anteriormente.
Embora janeiro e fevereiro tenham mostrado resultados positivos — com crescimento de 1,26% e 0,89%, respectivamente —, março registrou a primeira retração (-4,87%), tendência que se agravou em abril com a queda de quase 16% nas vendas.
Segundo a ABIC, os números refletem o impacto direto da inflação no bolso do consumidor, especialmente em um momento de desaceleração do poder de compra e mudança de hábitos de consumo. E mais: Janja provoca Michelle Bolsonaro ao dizer que viaja sem maquiador. Clique AQUI para ver. (Foto: PixaBay; Fonte: G1; EBC; Gráficos: Abic)