A Polícia Federal agendou para o dia 5 de junho, às 15h, o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como parte das investigações conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O caso está sob relatoria de Alexandre de Moraes, que autorizou a abertura do inquérito e determinou uma série de diligências, incluindo o monitoramento das redes sociais do deputado.
De acordo com a decisão de Moraes, o depoimento do ex-chefe do Executivo se justifica pelos indícios apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que vê Bolsonaro como o responsável por financiar a estadia do filho no exterior, além de considerá-lo “diretamente beneficiado pela conduta” investigada.
O inquérito apura se Eduardo Bolsonaro teve atuação contrária às instituições brasileiras enquanto estava nos Estados Unidos. A investigação foi provocada por uma representação apresentada pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que também será ouvido no processo.
De acordo com reportagem da CNN, Alexandre de Moraes ainda determinou que o Itamaraty, por meio do chanceler Mauro Vieira, indique quais representantes diplomáticos norte-americanos poderiam ser ouvidos sobre a conduta do parlamentar fora do país.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou nas redes sociais que a PGR está agindo politicamente. “Eu não mudei meu tom. Não há conduta nova. Há um PGR agindo politicamente. É por isso que reafirmo: no Brasil há um Estado de exceção, a “justiça” depende do cliente, o processo depende da capa. Por isso decidi ficar nos EUA, para estar livre e bem desempenhar a defesa das liberdades dos brasileiros, algo quase impossível de ser fazer no Brasil hoje”, escreveu o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no X (antigo Twitter).
Ele também afirmou que quando a esquerda gritou “Lula livre mundo afora” -na época em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava preso – “ninguém considerou interferência”.
“Quando a esquerda saiu pelo mundo afora gritando ‘Lula livre’, falando que ele era vítima de uma perseguição pelo Poder Judiciário brasileiro, ninguém considerou interferência. Então como é que meu trabalho aqui pode ser considerado interferência?”, disse o deputado em entrevista na Revista Oeste, após ser questionado sobre um possível atentado à soberania brasileira, provocado pelos EUA. E mais: Hugo Motta dá dez dias para Governo Lula apresentar alternativa ao aumento do IOF. Clique AQUI para ver. (Foto: PL; Fonte: CNN)