O ministro do STF e atual presidente do TSE Luís Roberto Barroso, elogio, nesta segunda-feira (31) as eleições realizadas em Portugal nesse domingo. Os eleitores compareceram às urnas do país europeu para escolher o novo parlamento, após a dissolução da casa em novembro de 2021.
“Em Portugal, como observador das eleições, vi um show de organização e democracia. Pesquisas indicavam empate técnico, mas o Partido Socialista obteve maioria absoluta. Ninguém questionou o resultado. Um exemplo de respeito e civilidade para o mundo.”, celebrou o ministro.
Em Portugal, como observador das eleições, vi um show de organização e democracia. Pesquisas indicavam empate técnico, mas o Partido Socialista obteve maioria absoluta. Ninguém questionou o resultado. Um exemplo de respeito e civilidade para o mundo. https://t.co/KOkA8qgblp pic.twitter.com/DEoX5JEnFP
— Luís Roberto Barroso (@LRobertoBarroso) January 31, 2022
O “curioso” é que, em Portugal, o voto é realizado em cédulas de papel, o que permite recontagem em caso de pedido solicitado e aprovado pelo órgão responsável pela eleição.
Segundo o site e-portugal, no processo por lá, o eleitor recebe o boletim de voto, que é entregue pela/o presidente da mesa. Nas eleições autárquicas são entregues 3 boletins (para a Câmara Municipal, para a Assembleia Municipal e para a Assembleia de Freguesia).
Depois, o cidadão deve se dirigir à câmara de voto e preencher com uma cruz (X) o quadrado que está à frente da lista ou da/o candidata/o em que deseja votar. Em caso de referendo, deve colocar a cruz (X) na opção “SIM” ou na opção “NÃO”. Se danificar o boletim, devolva-o à/ao presidente da mesa de voto e peça um novo.
Após escolher o candidato, o eleitor dobra o boletim em quatro, com a parte impressa voltada para dentro.
Por fim, o cidadão português deve regressar à mesa de voto e entregue o boletim à/ao presidente da mesa, que o introduz na urna de voto. Nas eleições Autárquicas os boletins de voto são introduzidos na urna por quem vota.
No Brasil, o ministro e o presidente entraram em rota de colisão após Bolsonaro liderar um movimento pelo voto auditável, que foi completamente rechaçado por Barroso.
No meio do ano passado, já após o embate, o TSE criou uma comissão de transparência para tentar dar mais credibilidade ao processo eleitoral. A convite de Barroso, as Forças Armadas receberam proposta para indicar um participante para a comissão.
Após os primeiros testes, quando o TSE abriu os códigos das urnas, os militares enviaram lista com questionamentos. Há dois meses, as Forças Armadas aguardam uma conclusão dos questionamentos. Clique aqui para ver.
Clique aqui para ver como é o processo eleitoral em Portugal.
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