Lula volta a atacar presidente do Banco Central e sobra para Governador Tarcísio

direitaonline



Em meio à escalada do dólar, Lula (PT) voltou a tacar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Foi em uma entrevista à Rádio CNB.

O petista disse na manhã desta terça-feira (18) que o presidente do BC tem lado político e trabalha para prejudicar o país. No governo Bolsonaro, a taxa Selic, alvo da crítica de Luiz Inácio, foi até mais alta do que a atual. Em 2022, ano de eleição, a taxa variou de 10,75 a 13,75, ante os 10,5 de agora.

Ele também citou o jantar que o governador Tarcísio de Freitas (São Paulo) fez em homenagem ao presidente da autoridade monetária, e alegou que o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) tem mais influência nas decisões de Campos Neto do que ele, como presidente.

Para Luiz Inácio, a taxa de juros (que começa hoje a ser analisada pelo Copom) precisa cair. A decisão sobre a taxa será tomada nesta quarta (19). “O presidente do Banco Central, que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar o país”, afirmou.

 

Lula citou ainda o jantar em homenagem feito a Campos Neto em São Paulo, e sugeriu que ele teria pretensões político-eleitorais. “[Tarcísio] Tem mais [poder de influência] que eu. Não é que ele encontrou com Tarcísio numa festa. A festa foi para ele, foi homenagem do governo de São Paulo para ele, certamente porque o governador de São Paulo está achando maravilhoso a taxa de juros de 10,5%”, acusou Lula.

“Quando ele se auto lança a um cargo…Vamos repetir [Sérgio] Moro? Presidente do Banco Central está disposto a fazer mesmo papel que Moro fez, paladino da justiça com rabo preso com compromissos políticos?”, disparou.
A comparação com Moro se dá porque, segundo reportagem da Folha de SP, o presidente do Banco Central sinalizou a Tarcísio que aceitaria um eventual cargo de ministro da Fazenda, num eventual governo, caso ele concorra e ganhe eleição.

“A quem esse rapaz é submetido, como ele vai numa festa em São Paulo, quase assumindo candidatura um cargo no governo de São Paulo? Cadê a autonomia dele?”, questionou incomodado novamente. Assista a um trecho das críticas abaixo e, em seguida, a entrevista completa.

 

Gostou? Compartilhe!
Next Post

TSE divulga distribuição do 'Fundão Eleitoral' por partido

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou nesta segunda-feira (17) a distribuição oficial dos R$ 5 bilhões do fundo eleitoral entre os partidos, principal fonte de financiamento das eleições municipais de outubro. Como previsto, o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro e o PT de Lula receberão as maiores parcelas. A repartição […]