Fugitivos de presídio de Mossoró (RN) ficaram ao menos 30 dias sem revista em celas

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Após a fuga de dois detentos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, a corregedoria da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) iniciou uma investigação contra 10 servidores, revelou uma reportagem da Folha de SP.

Segundo uma investigação preliminar sumária conduzida pela corregedoria, os presos conseguiram escapar devido a diversas falhas de procedimento, incluindo a ausência de revistas nas celas por pelo menos 30 dias.

Rogério da Silva Mendonça, 36 anos, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, apelidado de Tatu ou Deisinho, estão foragidos há 44 dias. Durante esse período, eles mantiveram uma família como refém, foram avistados em diferentes comunidades, esconderam-se em uma propriedade rural e agrediram um indivíduo na zona rural de Baraúna. As autoridades acreditam que os fugitivos estejam atualmente escondidos em uma caverna na região, sendo que um deles estaria mancando.

A principal falha apontada na investigação foi a falta de revistas nas celas por um período significativo, impossibilitando os servidores de detectarem o buraco que os presos estavam fazendo na luminária.

Estima-se que a abertura do buraco tenha levado de três a quatro dias. Além das barras de ferro da cela, os detentos utilizaram uma chapinha de 20 cm localizada no buraco da porta para receber alimentos.

A investigação também identificou falhas estruturais no presídio, como o uso de luminárias com parafusos inadequados e a ausência de laje no shaft, onde estão máquinas, tubulações e fiação. A presença da laje poderia ter evitado a fuga, como ocorreu em uma tentativa semelhante na penitenciária federal de Catanduvas em 2018.

Após a investigação preliminar, foram instaurados três processos administrativos disciplinares envolvendo 10 servidores que ocupavam cargos de chefia durante os 30 dias anteriores à fuga.

Além disso, 17 servidores receberam Termos de Ajustamento de Conduta por não terem seguido os procedimentos corretamente. A investigação concluiu que não houve conivência por parte dos servidores, mas sim uma série de falhas procedimentais e falta de investimento na infraestrutura do presídio ao longo do tempo. E mais: Policiais de tropa de elite brigam e acabam atacados por cães da própria corporação. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Folha de SP)

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