Após prometer US$ 20 bi, Biden libera apenas US$ 50 milhões para Amazônia

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Washington (USA), 10.02.2023 – Lula (PT) durante reunião com Joe Biden. Casa Branca – Salão Oval, Washington (EUA). Foto: Ricardo Stuckert/PR



Em encontro com Biden, nessa sexta-feira (11), Lula (PT) pediu que os Estados Unidos contribuam com o Fundo Amazônia. Em entrevista coletiva após encontro com o presidente norte-americano, Joe Biden, o petista disse ter recebido a promessa de entrada do país no fundo.

“Senti muita vontade [de Biden]. O que posso afirmar é que ele vai participar do fundo amazônico”, declarou Lula. Segundo o presidente brasileiro, os Estados Unidos estão convencidos da necessidade de nações ricas financiarem empreendimentos em áreas florestais de países em desenvolvimento para a preservação do meio ambiente. “É preciso transformar a riqueza da nossa diversidade em algo que possa ser proveitoso para o povo brasileiro que mora na Amazônia”, comentou.

Entretanto, segundo reportagem do portal UOL, o valor anunciado pelo líder americano ficou bem abaixo do esperado. Os EUA acenam, a princípio, com uma doação de apenas US$ 50 milhões (R$ 261 milhões), quantia que decepcionou a delegação brasileira no encontro.

Isso porque Joe Biden chegou a prometer 20 bilhões de dólares para combater incêndios na região amazônica. Em 2020, durante as prévias do Partido Democrata, Biden e seu oponente Bernie Sanders criticaram com veemência algumas de suas políticas do passado em um debate na TV das primárias democratas.

Na ocasião, Biden prometeu: “Eu iria agora mesmo organizar, no hemisfério e no mundo para comprometer US$ 20 bilhões (cerca de R$ 97,2 bilhões, na cotação atual) para a Amazônia para que o Brasil não queime mais a Amazônia para que eles possam ter fazendas. Eles absorvem mais carbono na Amazônia e na região que está queimando agora do que nós emitimos em um ano, a cada ano.”

Rússia e Ucrânia
Lula também disse ter proposto a Biden um grupo neutro para negociar um acordo de paz para a guerra entre Rússia e Ucrânia. Ele diz que já apresentou a sugestão ao presidente francês, Emmanuel Macron, e ao chanceler alemão, Olaf Scholz, que esteve em Brasília na semana passada.

Segundo Lula, os trabalhos começariam pela negociação de um cessar-fogo ou de um armistício. “A primeira coisa [do grupo] é terminar a guerra. Depois, negociar o que for acontecer no futuro”, afirmou. “Estou convencido de que é preciso encontrar uma saída para colocar fim a essa guerra. E senti da parte do presidente Biden a mesma preocupação, porque ninguém quer que essa guerra continue. É preciso que tenha parceiros capazes de construir um grupo de negociadores que os dois lados acreditem”.

Em relação à ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), Lula disse ter levado a sugestão, historicamente defendida pela diplomacia brasileira, a Biden. O líder brasileiro disse que a ideia foi bem recebida pelo mandatário norte-americano.

“Pedi que outros países possam participar do Conselho de Segurança para que algumas decisões de ordem climáticas sejam tomadas a nível internacional. Senti muita disposição do presidente americano para contribuir com isso”, comentou Lula.

Com Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia como membros permanentes, o Conselho de Segurança da ONU concede o aval das Nações Unidas para guerras. Mais dez países têm assentos rotativos, com qualquer um dos cinco países com assentos permanentes tendo poder de veto.

Sobre a retomada de relações diplomáticas do Brasil com a África, Lula anunciou que pretende viajar a três países do continente: Angola, África do Sul e Moçambique. Em suas redes sociais, o presidente disse que a viagem a países africanos “é uma obrigação histórica e humanitária.”

“Estou organizando uma viagem para Angola, África do Sul e Moçambique, numa demonstração que o Brasil vai reatar sua relação com o continente africano. É uma obrigação histórica e humanitária.”, escreveu.

E veja também: Fux suspende lei sancionada por Bolsonaro que diminuiu cálculo do ICMS sobre energia elétrica. Clique AQUI para ver.


Fontes: Agência Brasil; UOL; G1

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