A polêmica envolvendo a companhia de dança Suave, que causou indignação ao apresentar-se para crianças usando máscaras de cavalo e dançando ao som de músicas de cunho sexual em uma escola municipal do Rio de Janeiro, ganhou novo destaque após a revelação de que a companhia foi contemplada com um financiamento de R$ 50 mil por meio de um edital promovido pela Secretaria Municipal de Cultura em 2022.
A Secretaria Municipal de Educação emitiu uma contundente declaração em que acusa a companhia de dança de agir com má-fé, proporcionando um “espetáculo com classificação livre” que claramente desrespeitou o público infantil. O órgão classificou o conteúdo da apresentação como inadequado, intensificando a indignação em relação à exposição das crianças a elementos inadequados para sua idade.
Sob a alcunha de “Suave na Educação”, as apresentações do grupo ocorreram em pelo menos quatro instituições de ensino do município: Ciep Luiz Carlos Prestes, Ciep Gustavo Capanema, Escola Municipal Marechal Estevão Leite de Carvalho e Escola Municipal Rivadavia Correia. A performance realizada no Ciep Luiz Carlos Prestes foi capturada em vídeo, divulgada nas redes sociais e gerou uma onda de indignação pública.
Em resposta à crescente polêmica, a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro tomou a iniciativa de abrir uma sindicância para investigar o incidente. Como medida temporária, os diretores de todas as instituições onde as apresentações do grupo Suave ocorreram foram afastados de seus cargos até que a investigação seja concluída.
O edital do Foca (Fomento à Cultura Carioca) de 2022 contemplou um total de 201 projetos culturais para o município. Entre esses projetos está o Suave, que obteve vitória no edital com um financiamento de R$ 50 mil. Além disso, diversos outros grupos também foram agraciados com financiamentos que variaram de R$ 100 mil a R$ 250 mil, contribuindo para a promoção de projetos nas áreas de música, dança, artes visuais e literatura.
A companhia Suave competiu e saiu vitoriosa, juntamente com outro projeto, no âmbito do Foca do ano anterior, na categoria musical. O edital conquistado pela Suave previa que as apresentações deveriam ser realizadas no prazo de um ano após a concessão dos fundos.
As imagens divulgadas retratam uma dançarina com máscara de cavalo interagindo com as crianças ao som da música “Cavalo Tarado”. As crianças acabam por se juntar ao grupo, e a pessoa mascarada de cavalo até mesmo interage com a mochila de uma das alunas.
Diante do vídeo viral, o prefeito Eduardo Paes utilizou suas redes sociais para expressar sua profunda repulsa em relação ao ocorrido, classificando-o como “absurdo”. Ele prometeu implementar medidas mais rígidas em relação às apresentações realizadas em escolas municipais. O vídeo que provocou a controvérsia pode ser visualizado abaixo!
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