O general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, decidiu comparecer pessoalmente à acareação com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, marcada para a próxima terça-feira (24), às 11h, no Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi comunicada nesta quarta-feira (17) à Corte pela defesa do militar.
Inicialmente, os advogados do general haviam solicitado que o depoimento fosse feito por videoconferência, apontando que o deslocamento de Fortaleza (CE), onde Freire Gomes mora atualmente, até Brasília (DF), geraria um custo elevado. No entanto, em um novo ofício enviado ao STF, a defesa desistiu do pedido e confirmou a presença física do general na audiência.
“Informa-se que o General Freire Gomes irá participar presencialmente da acareação, em razão do profundo respeito do Ex-Comandante do Exército pelas instituições democráticas e de seu elevado senso de dever cívico”, declarou a defesa.
A acareação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes após solicitação dos advogados de Torres, que apontaram inconsistências entre os depoimentos prestados pelo ex-ministro e pelo general no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Segundo a defesa de Torres, Freire Gomes teria mencionado a presença do ex-ministro em uma reunião com o então presidente Jair Bolsonaro e os comandantes das Forças Armadas, na qual teriam sido discutidos assuntos de cunho golpista.
A informação, no entanto, foi desmentida por outros militares ouvidos pela Polícia Federal, além do próprio Bolsonaro e do tenente-coronel Mauro Cid, que atua como delator no processo.
Os advogados de Torres afirmam que o general não soube fornecer detalhes concretos sobre essa reunião, como data, local, formato ou demais participantes, limitando-se a afirmar que “lembra” da presença do ex-ministro. Para a defesa, esse relato fragiliza a credibilidade da versão apresentada por Freire Gomes.
Durante a acareação, os dois serão confrontados diretamente sobre essas divergências. Por ser réu, Anderson Torres pode permanecer em silêncio e não está obrigado a dizer a verdade. Já o general Freire Gomes participa como testemunha, o que exige que ele preste depoimento sob compromisso de veracidade. (Foto: EBC; Fonte: CNN)
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