Procurador: delação de Mauro Cid contra Bolsonaro é fraca e faltam provas

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Responsável pelos inquéritos que apuram a participação de autoridades nos atos de 8 de janeiro, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos recebeu nos últimos dias os anexos e depoimentos prestados por Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro que fechou um acordo de delação.

Sobre o material que recebeu, Santos adota cautela diante das revelações de Cid e diz que, a preço de hoje, a colaboração premiada é “fraca”. A afirmação foi feita em uma entrevista à Revista Veja.

“A delação eu não achei forte. Em nada. A princípio eu achei que as informações foram fracas. [O que ele revelou] tem que ser corroborado. Nessa corroboração é que a gente vai saber a dimensão da delação. O que foi falado não tinha essas coisas todas. Tem anexo sobre golpe, tem anexo sobre joias, tem anexo sobre vacina, tem anexo sobre gabinete do ódio, milícias digitais.”

Nas redes sociais, Fabio Wajgarten, um dos advogados de Bolsonaro, comentou a reportagem. “Para surpresa de Zero pessoas, inclusive àquelas que nos perseguem 24/7.”

 

Ele acaba de pedir uma série de diligências para tentar confirmar a veracidade das declarações, que escanteou o Ministério Público e celebrou o acordo unilateralmente com a Polícia Federal.

Em outro momento da entrevista, o subprocurador também afirma que uma reunião do ex-presidente com seus comandantes das Forças Armadas (supostamente) tratando de um golpe de estado é muito difícil de ser considerada crime e exemplificou: “Uma pessoa que pensa em matar outra, compra a arma, compra munição, e aí ela diz: ‘não, eu não vou fazer isso’. Qual é o crime? Se não houver a execução não é crime.”

Sem provas cabais para desde já implicar o ex-presidente, o procurador afirma que, por ora, uma eventual denúncia contra não deve sair. Clique AQUI para ler o principais trechos da entrevista da VEJA.


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Fonte: Veja
Foto: Agência Brasil

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