A Polícia Federal solicitou nesta quarta-feira (4) à Interpol a inclusão do nome da deputada Carla Zambelli (PL-SP) na lista de difusão vermelha, que permite a captura internacional de foragidos. O pedido foi feito em cumprimento a uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a CNN, a organização internacional já recebeu o pedido da PF e agora deve analisá-lo com base em critérios como possíveis motivações políticas, religiosas ou éticas.
O fato de Zambelli possuir cidadania italiana — ou de qualquer outro país — não impede a análise nem a eventual inclusão de seu nome na lista. Se o pedido for aceito, a parlamentar poderá ser considerada foragida em 196 países, incluindo Estados Unidos e Itália.
Zambelli foi condenada pelo STF a dez anos de prisão por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir dados falsos. Na terça-feira (3), a deputada declarou à CNN que estava nos Estados Unidos e que seguiria para a Itália, onde, segundo ela, estaria protegida por sua cidadania italiana: “Sou intocável lá”, disse.
Ainda na tarde de quarta, Moraes expediu o mandado de prisão preventiva, determinou o bloqueio de contas bancárias e redes sociais da deputada e acionou a PF para iniciar os trâmites junto à Interpol.
Zambelli, por sua vez, afirmou nas redes sociais que as medidas são inconstitucionais. Em nota, declarou: “Não se pode pedir prisão de um deputado a não ser por flagrante delito de crime inafiançável. Então, a decisão dele não se aplica. Não poderia ser feita de forma monocrática. Ele vai contra nosso código de processo penal e nossa Constituição Federal”.
Atualmente, a Interpol é presidida por Valdecy Urquiza, ex-delegado da Polícia Federal brasileira. E mais: Barroso nega que STF legisle sobre responsabilização das redes sociais. Clique AQUI para ver. (Foto: Ag. Câmara; Fonte: CNN)