Orçamento 2024: governo quer cota de passagens aéreas para 38 ministros e membros do STF

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O governo Lula (PT) planeja a inclusão no Orçamento de 2024 do pagamento de passagens aéreas semanais para os 38 ministros de Estado na Esplanada (por enquanto) e os 11 magistrados do Supremo Tribunal Federal, sem a necessidade de justificar a viagem com compromissos de trabalho. A reportagem foi divulgada pelo portal político Poder360, nesse domingo (26).

Essas passagens poderão ser utilizadas até para o lazer dos ministros, permitindo o retorno a seus estados de origem . Atualmente, eles já podem usar passagens custeadas pela União quando há compromissos de trabalho fora de Brasília na condição de “estrito interesse do serviço público”.

Uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do líder do Governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, permite a ampliação desse “direito”. O conceito de “estrito interesse do serviço público” foi modificado para incluir o transporte entre Brasília e o local de residência de origem de membros do Poder Legislativo, ministros do Supremo Tribunal Federal e ministros de Estado. A alteração é discreta, mas muito significativa: “No estrito interesse do serviço público, nele compreendido o transporte entre Brasília e o local de residência de origem de membros do Poder Legislativo, ministros do Supremo Tribunal Federal e ministros de Estado”.

A ideia de incluir a despesa no Orçamento foi do governo Lula, segundo afirmou a assessoria do senador Randolfe Rodrigues ao Poder360. Ou seja, a proposta tem o aval de Lula (PT).

Uma das principais reclamações entre os ministros seria o quanto as passagens estariam impactando no salário líquido dos políticos. Um gasto mensal que representaria cerca de 50% das receitas dos ministros.

Nos casos em que algum ministro receber 4 passagens por mês ao custo de R$ 5.000 para cada uma delas (média de preço, segundo a reportagem), haveria um acréscimo de R$ 20.000 no salário –um aumento de quase 50%. Não incidirá imposto sobre esse benefício.

O valor total das compras de passagens aéreas semanais para os ministros e magistrados do STF (Supremo Tribunal Federal) ficaria em torno de R$ 2,6 milhões por ano, ainda de acordo com o Poder360.

O argumento do senador Randolfe Rodrigues, autor da proposta, é o de que será oferecido aos ministros apenas o que já é concedido a deputados e senadores, já que os congressistas têm uma cota de dinheiro para gastar com passagens aéreas mensalmente. Em 2022, gastaram R$ 48 milhões com esse tipo de despesa.

E veja também: Campeão de MMA critica 1º ministro irlandês e imprensa por comentário sobre refém. Clique AQUI para ver.


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Fonte: Poder360
Foto: Imagem de Freepik

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