No último domingo (2), o presidente do Panamá, José Raúl Mulino (foto), do partido ‘Realizando Metas’, revelou planos para revisar os acordos vigentes com empresas chinesas.
Em um movimento que visa aprofundar a cooperação com os Estados Unidos, Mulino também abordou a questão da soberania do Canal do Panamá. Segundo informações da Reuters, o mandatário assegurou que “a soberania do Panamá sobre o canal não está em discussão”. No entanto, ele indicou que o acordo com a China para a ‘Nova Rota da Seda’ não será renovado, afirmando: “Vou estudar a possibilidade de encerrá-lo antecipadamente”.
O Panamá se aliou à iniciativa chinesa em 2017, durante uma gestão anterior. A decisão de Mulino foi tomada após uma reunião com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que deixou claro que Washington D.C. está disposto a “tomar medidas necessárias” se o Panamá não reduzir a influência chinesa no canal.
Ainda no mesmo dia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou suas preocupações, afirmando que a China está controlando o Canal do Panamá e expressando a intenção dos EUA de recuperar o controle sobre a importante via marítima.
Durante sua cerimônia de posse, Trump já havia criticado as condições de passagem para navios americanos no canal, apontando para tarifas elevadas e um tratamento desigual. Ele também disse que, nos EUA, o local passaria ser chamado de ‘Canal da América’.
Rota da Seda
A Rota da Seda é um termo histórico que se refere a uma rede de rotas comerciais que conectavam a Ásia Oriental e o Sudeste Asiático com a Ásia Central, o Oeste da Ásia, o Norte da África e a Europa desde a antiguidade até o século XV. Essas rotas eram cruciais para o intercâmbio de mercadorias como seda, especiarias, e outros itens de luxo, mas também facilitaram a troca cultural, tecnológica e religiosa entre os povos ao longo dos séculos.
No contexto moderno, a expressão “Nova Rota da Seda” ou “Belt and Road Initiative” (BRI) foi lançada pela China em 2013. Esta iniciativa visa reviver e expandir essas antigas conexões através de uma vasta rede de infraestrutura, incluindo estradas, portos, ferrovias e oleodutos, que se estende por mais de 60 países.
O objetivo é promover o comércio, o crescimento econômico e a integração regional, mas também levanta questões sobre soberania, dívida e influência geopolítica. E mais: Governo Maduro pede desculpas ao Brasil. Clique AQUI para ver. (Foto: divulgação governo do Panamá; Fonte: Poder360)