Em editorial, Estadão critica “intolerância intolerável” da esquerda

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Em editorial neste domingo (1), o jornal O Estado de S.Paulo (Estadão) destacou a crescente intolerância ‘progressista’ no cenário político do país.

Sob o título ‘A intolerável intolerância progressista’, o texto que reflete a opinião do veículo critica o que ele percebe como uma campanha para discriminar e até criminalizar as ideologias de direita, em grande parte propagadas por membros do Poder Executivo.

O Estadão sugere que essa divisão entre progressistas e conservadores tem sido enquadrada como uma batalha existencial pela civilização contra a barbárie.

O editorial argumenta que o Partido dos Trabalhadores (PT) há muito tempo reivindica o monopólio da retidão e da verdade, demonizando figuras de direita como “fascistas” e “inimigos do povo”.

Diz o jornal que mesmo aos ‘progressistas companheiros’ são apresentados a escolha binária entre submissão ou apostasia (renúncia).

A crítica muitas vezes é descartada como conspiração das “elites”. O PT ainda exige reparações pelo “golpe” legislativo e judicial contra Dilma Rousseff e a suposta “perseguição política” de figuras como Lula, fazendo alusão a escândalos como o mensalão e o petrolão.

O radicalismo de esquerda, liderado pelo movimento Lulopetismo, muitas vezes encontrou ressonância em setores historicamente dominados pela hegemonia progressista, como academia, mídia e artes. Nos últimos anos, essa intolerância foi ainda mais inflamada pela política de identidade da nova esquerda.

Para essa esquerda iliberal, as responsabilidades individuais se dissolvem em “estruturas” opressivas. Nessa mentalidade paranóica, simplesmente evitar o racismo, a misoginia ou a homofobia não é suficiente; engajamento ativo na defesa e rituais de expiação são esperados com base apenas em fatores como cor da pele, gênero ou orientação sexual. A política se torna sujeita a emoções tribais, e qualquer um que questione a pureza ideológica dos “redentores” é submetido a disciplina, punição ou mesmo cancelamento por meio de julgamentos midiáticos e campanhas.

O editorial aponta vários debates recentes no Brasil, como a exploração de novas fronteiras do petróleo, demarcação de reservas indígenas e legalização do aborto. Em cada caso, não há um conflito claro entre o bem e o mal, mas sim zonas de conflito entre direitos legalmente protegidos. A competência para arbitrar esses conflitos, seja no Legislativo ou no Judiciário, também é uma questão em pauta.

“A reação em defesa de direitos plausivelmente legítimos é anatematizada como reacionarismo”, diz o jornal, citando como exemplo a questão da exploração das riquezas do petróleo, as garantias das propriedades de agricultores ou por preservar a vida do nascituro. São “recriminadas como ataques de predadores desalmados”.

“Os progressistas iliberais se creem portadores de verdades absolutas e condutores da História legitimados a empregar quaisquer meios para a consumação de seus fins. O mero questionamento é denunciado como “violência”.”

Para o Estadão, isso exprime uma visão da vida pública típica de um Estado confessional, “do tipo que o liberalismo veio a superar com a instauração do Estado Democrático de Direito e o princípio de que o progresso humano deve ser conquistado por debates, negociações e reformas”.

No fim, o Estadão cita o ‘8 de Janeiro’ para dizer que há também extremismo na direita, “mas, ao equiparar todos os seus críticos a “extremistas” dignos de serem alijados da vida pública, a esquerda iliberal também é uma ameaça, não tanto pelos seus ideais, em princípio tão legítimos quanto os de seus adversários, mas pelos seus métodos: a intimidação, a censura, a ruptura, a imposição. Numa democracia, essa intolerância é intolerável.”. Clique AQUI para ler na íntegra.


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Fonte: Estadão
Foto: Pixabay

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