Brasil buscou ajuda da Rússia para construção de submarino nuclear

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O Brasil pediu ajuda à Rússia para desenvolver seu primeiro submarino movido à energia nuclear durante a visita do presidente Bolsonaro a Moscou no mês passado, informou o jornal Folha de S.Paulo, citando uma fonte militar.

De acordo com o periódico, o Brasil buscou, primeiro, a ajuda dos EUA para certificar o combustível do reator nuclear e “questões de engenharia”, mas as negociações desmoronaram em 2018. Assim, o Brasil então teria se voltado para a Rússia em busca de assistência. Bolsonaro teria pedido ao presidente russo, Vladimir Putin, ajuda com o submarino durante sua viagem a Moscou no mês passado. A viagem ocorreu uma semana antes de a Rússia atacar a Ucrânia.

Autoridades brasileiras se reuniram com a agência estatal russa de energia nuclear Rosatom, que já tinha acordos para fornecer combustível para a única usina nuclear do país e também para o setor de saúde. No entanto, ao retornar, Bolsonaro disse que o Brasil também estava interessado na tecnologia nuclear russa “por causa da propulsão do nosso submarino”, disse o jornal.

A Folha de S.Paulo citou fontes do Ministério das Relações Exteriores dizendo que o futuro do possível acordo agora é incerto devido à contínua campanha militar da Rússia contra a Ucrânia. Muitos países, incluindo EUA, Reino Unido, Canadá e estados membros da UE, impuseram sanções abrangentes a Moscou nas últimas semanas.

Submarino brasileiro
Criado em 2008, por meio da parceria estabelecida entre o Brasil e a França, o PROSUB tem como objetivo a produção de quatro submarinos convencionais e a fabricação do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear. Segundo a Marinha, a concretização do programa fortalece, ainda, setores da indústria nacional de importância estratégica para o desenvolvimento econômico do país.

O Brasil começou a construir seu primeiro submarino movido a energia nuclear, o Alvaro Alberto, no final do ano passado. Deve ser lançado em 2031, de acordo com o Naval News.

Para a Marinha, o SCPN é o mais importante projeto tecnológico do Brasil na atualidade e, quando pronto, significará um formidável ganho operacional no Oceano Atlântico. Na comparação com um convencional, será mais rápido, terá mais autonomia e capacidade de manter-se oculto por longos períodos em águas profundas.

O SCPN também é sinônimo de prestígio internacional. Submarino nuclear é coisa para poucos. Hoje, apenas os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido), além da Índia, detêm essa tecnologia. Essas seis nações também já fizeram suas bombas atômicas.

Se demorar demais, no entanto, será superado pela Austrália, que recentemente fechou uma parceria com os Estados Unidos e o Reino Unido para ter o seu próprio submarino de propulsão nuclear.

E veja também: Ministro russo diz que Brasil, China e Rússia não vão prestar continência aos EUA. Clique aqui para ver.

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Fontes: Sputnik; O Globo; Marinha do Brasil

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