Bolsonaro e ex-ministros são alvo de busca e apreensão da PF

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A Polícia Federal deflagrou uma operação nesta quinta-feira (8) com buscas e mandados de prisão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros e ex-assessores. A investigação é referente aos atos do dia ‘8 de janeiro’ de 2023 e, segundo o portal Poder360, é resultado da ‘delação premiada’ de Mauro Cid.

A operação foi chamada pela Polícia Federal de “Tempus Veritatis” – “hora da verdade”, em latim. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados.

Segundo nota oficial da Polícia Federal, as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em “núcleos de atuação” para “disseminar a ocorrência de fraude” nas Eleições Presidenciais de 2022, “antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”.

Na mesma nota, a PF diz que o primeiro eixo consistiu na “construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022”.

O segundo eixo de atuação consistiu na “prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível”.

São alvos de buscas (segundo o G1)
General Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil;
General Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
General Stevan Teófilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha;
Anderson Torres, delegado da PF e ex-ministro da Justiça;
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro;
Tercio Arnoud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro, conhecido como um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”.
Ailton Barros, coronel reformado do Exército.

Foram presos, segundo o portal G1:
Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro;
Marcelo Câmara, coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Há, ainda, outros dois mandados e prisão, cujos nomes não foram divulgados até o momento. As ordens foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou que Bolsonaro entregue o passaporte e não fale com outros investigados.

Mandados em 9 estados e no DF
Segundo a PF, há mandados sendo cumpridos em Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Distrito Federal.

Ainda de acordo com o material divulgado pela PF, o grupo investigado “se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.

Além de prisões e buscas, há 48 outras medidas cautelares, como proibição de contato entre os investigados, retenção de passaportes e suspensão dos cargos públicos. (Foto: divulgação/ Carolina Antunes/PR)

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