Armas furtadas do Exército são oferecidas ao Comando Vermelho por até R$ 180 mil

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O desvio de armas do Arsenal do Exército em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, ganha contornos preocupantes, com indícios de que parte do armamento tenha sido oferecido ao Comando Vermelho, uma das maiores facções criminosas do Rio de Janeiro.

Conforme informações divulgadas pelo portal G1, a Polícia Civil do Rio de Janeiro encaminhou um vídeo ao Exército que retrata quatro metralhadoras, imagens que foram inclusas no Inquérito Policial Militar em andamento, com o intuito de investigar o desvio dessas armas de fogo.

As investigações apontam que a oferta das armas teria sido direcionada ao traficante William de Souza Guedes, conhecido como “Corolla”, um criminoso que atualmente lidera o Complexo de Manguinhos, na Zona Norte do Rio, e é considerado um dos homens de confiança dos líderes do Comando Vermelho.

Após receber o contato referente à oferta das armas, Corolla teria se comunicado com Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, conhecido como “Abelha,” identificado pela polícia como o principal líder do Comando Vermelho em liberdade. A polícia está investigando se a negociação foi efetivada ou se a oferta se restringiu a uma simples proposta à facção.

Conforme informações da reportagem, o incidente ocorreu há pouco mais de um mês, logo após o feriado de 7 de setembro, segundo as investigações.

O grupo que furtou as metralhadoras ‘calibre .50’ exigiu o valor de R$ 180 mil por cada uma dessas armas de fogo, cujo peso médio é de aproximadamente 4,5 quilos.

Essas metralhadoras são capazes de derrubar helicópteros e aviões desprotegidos e alcançar alvos a uma distância de até 2 quilômetros, de acordo com o especialista em segurança pública, Bruno Langeani, gerente do Instituto Sou da Paz.

Além das 13 metralhadoras ‘calibre .50’, outras 8 do calibre ‘7,62’ também foram roubadas em Barueri na última quarta-feira, 11 de outubro.

Desde então, cerca de 480 militares permaneceram no quartel para auxiliar na investigação do caso. Ontem, 17 de outubro, uma semana após o desvio das armas, 320 deles foram liberados.

O Comando Militar do Sudeste (CMSE) informou que a situação passou de “estado de prontidão” para “sobreaviso,” o que implica uma redução do efetivo da tropa mantida no quartel. O comunicado do Exército salientou que “a investigação segue em curso e está sob sigilo.”

A situação continua sendo monitorada pelas autoridades, enquanto o desvio de armas de alto poder de fogo preocupa pela potencial escalada da violência envolvendo organizações criminosas no Brasil.


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Fonte: Metrópoles; G1
Foto: reprodução

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