Tarcísio prorroga contrato de câmeras corporais da PM-SP por apenas seis meses

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Foto: Governo de SP; Fonte: Folha de SP; Governo de SP



O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) decidiu renovar o contrato de administração das câmeras corporais utilizadas pela Polícia Militar de São Paulo por um período de apenas seis meses. O programa, herdado da gestão tucana de João Doria (ex-PSDB), originalmente tinha um contrato de 30 meses, que expirou no mês passado e agora foi prorrogado até junho de 2024.

A renovação envolve o consórcio composto pelas empresas Axon e Advanta, com um custo mensal aproximado de R$ 1,8 milhão, representando um aumento de 47% em relação ao valor inicial do contrato. Durante os seis meses de extensão, o programa acarretará um custo total de R$ 10,7 milhões.

A decisão de prolongar o contrato ocorreu em meio a uma nova fase de críticas do governador Tarcísio ao uso de câmeras na farda dos policiais militares. Em uma entrevista à TV Globo no início deste mês, Tarcísio expressou sua opinião de que não há efetividade no uso desses equipamentos para a segurança dos cidadãos. Ele afirmou que, ao escolher onde investir recursos, a ênfase deve ser dada a tecnologias de monitoramento e reconhecimento facial como a melhor aplicação para garantir efetivamente a segurança.

Em comunicado à imprensa, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o programa continua sendo apoiado pelo governo estadual, com 10.125 câmeras operacionais portáteis em uso. A SSP destacou que existem dois contratos vigentes, sendo que o mais antigo foi prorrogado por seis meses, e ambos podem ser estendidos. A renovação contratual considera os recursos tecnológicos oferecidos ao serviço e a vantagem econômica para o poder público, conforme destacou a secretaria.

Resultados
O governo paulista também informa que roubos e furtos de celulares na Avenida Paulista, um dos principais cartões-postais da cidade de São Paulo, caíram quase pela metade entre os últimos meses de junho e novembro, na comparação com o mesmo período de 2022. Desde janeiro de 2023, o Governo do Estado afirma ter reforçado as ações de patrulhamento ostensivo e investigação criminal para reduzir a incidência de assaltos e ampliar a sensação de segurança no centro da capital.

De junho a novembro, a Secretaria da Segurança Pública registrou 2 mil furtos ou roubos de celulares na Avenida Paulista. Houve queda de 47% em relação ao mesmo período de 2022, quando foram registrados 3,9 mil crimes dessas modalidades no local. O levantamento foi realizado com base em boletins de ocorrências investigados pelos distritos policiais da Consolação (4º) e do Jardins (78º), que atendem a área.

Até abril de 2023, os crimes seguiram uma tendência de alta, acompanhando os registros do ano anterior. No entanto, com as ações implementadas pela atual gestão estadual ao longo dos meses, os indicadores começaram a mudar.

Os meses de maio, com queda de 30%, e junho, com 49% registros a menos, foram os primeiros a apontar a redução nos roubos e furtos de celulares. Esses crimes tiveram leve alta de 4% em julho, mas, a partir de agosto, houve redução progressiva nesses delitos na Avenida Paulista.

No recorte entre janeiro e novembro de 2023, os furtos e roubos de celulares na região caíram 29%. Até novembro passado, foram 3,6 mil roubos ou furtos de aparelhos na Avenida Paulista, ante 5,1 mil boletins de ocorrência contabilizados pela Polícia Civil no mesmo período de 2022.

Os chamados “golpes do amor” também tiveram queda de 54% na capital paulista em 2023, ainda de acordo com o Palácio dos Bandeirantes. Os dados são da Divisão Antissequestro (DAS), delegacia especializada ligada ao Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) que atua em toda a cidade de São Paulo. Em 2022 foram registrados 115 casos na unidade. Já em 2023, as notificações caíram para 53. Além disso, no ano passado, foram esclarecidas 47 das ocorrências, 89% do total, levando a 187 presos.

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