Polícia faz buscas em atacadista do DF suspeito de sonegar R$ 55 milhões

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Brasília, 8 de agosto de 2023 – Na manhã desta terça-feira, a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou uma operação que mira empresários do setor atacadista suspeitos de envolvimento em um esquema de sonegação fiscal que teria resultado em um montante de R$ 55 milhões em impostos não pagos.

As ações ocorrem não somente no Distrito Federal, mas também abrangem os estados de Goiás, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro.

Ao todo, 22 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em diferentes localidades, incluindo bairros do Distrito Federal como Lago Norte, Águas Claras, Sudoeste e Vicente Pires, além de cidades em Goiás e São Paulo.

As investigações apontam para a utilização de empresas fictícias para a emissão de notas fiscais fraudulentas.

Os sócios dessas empresas fictícias seriam “laranjas”, pessoas que serviam como intermediários e cujo estilo de vida não condizia com os valores movimentados pelas empresas, de acordo com declarações da Polícia Civil.

O esquema, segundo as autoridades, permitia que os verdadeiros proprietários das empresas lucrassem com a evasão fiscal, uma vez que os impostos não eram devidamente recolhidos.

Além disso, os suspeitos também são acusados de comercializar notas fiscais falsas em nome das empresas fictícias, inclusive repassando-as a concorrentes no mercado.

A investigação destaca que, ao não efetuarem o pagamento dos impostos, as empresas fictícias acumulavam uma dívida que não poderia ser cobrada, uma vez que os proprietários eram apresentados como “pessoas sem recursos financeiros” para quitar os débitos.

Medidas de bloqueio de bens, como veículos, imóveis e valores em contas bancárias, foram determinadas pela Justiça como parte do desdobramento da operação.

Os indivíduos sob suspeita estão sendo investigados por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, uso de documentos falsos e falsidade ideológica. Caso sejam condenados, podem enfrentar penas de até 33 anos de prisão.

A operação está sendo conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária, que está vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dot/Decor). Em Goiás, as ações contaram com a colaboração da Polícia Civil estadual.

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