Patrimônio de ministro de Lula cresce 30 vezes e passa de R$ 79 milhões

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e Lula durante a 1ª Reunião Extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética – CNPE.



O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), é o tema no dia nesta segunda-feira (26) após um levantamento patrimonial realizado pelo UOL revelar que ele possui uma rede de empresas que englobam bens no valor de pelo menos R$ 79,1 milhões. Essa fortuna foi acumulada ao longo das últimas duas décadas em que ocupou cargos públicos.

O valor dos ativos registrados em seu nome e das suas empresas, principalmente imóveis, aumentou cerca de 30 vezes desde 2006, quando Silveira se candidatou pela primeira vez a deputado.

A maior parte desse crescimento ocorreu enquanto ele exercia cargos eletivos ou de confiança em Minas Gerais, sua base eleitoral, e em Brasília.

Vale destacar que o ministro chegou ao governo durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva com o apoio de Rodrigo Pacheco (PSD), atual presidente do Senado, e de Gilberto Kassab (PSD), secretário de Governo no estado de São Paulo. Antes de ingressar na política, Silveira era delegado da Polícia Civil de Minas Gerais.

Nos últimos anos, o político e suas empresas se tornaram proprietários de quatro casas de alto padrão localizadas em praias exclusivas do litoral baiano, as quais estão atualmente à venda por R$ 43,5 milhões.

Além disso, Silveira e suas empresas possuem três fazendas em Minas Gerais, quartos e vagas de garagem em um hotel, bem como mais de uma centena de lotes em condomínios, entre outros ativos.

A maior parte desses bens está registrada em nome das empresas controladas pelo ministro, o que não aparece na sua declaração de bens informada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Embora essa prática não seja ilegal, ela dificulta para o eleitor conhecer o verdadeiro patrimônio do agente público.

Em resposta ao UOL, Alexandre Silveira afirmou que seu patrimônio é resultado de mais de “30 anos de atuação como empresário”.

No entanto, o levantamento realizado pelo veículo de imprensa se baseou em 1.254 documentos públicos, obtidos em cartórios de notas e de imóveis de três estados, juntas comerciais, prefeituras e tribunais de Justiça. Além disso, alguns endereços foram visitados pessoalmente para confirmar as informações.

É importante ressaltar que a estimativa de R$ 79,1 milhões é conservadora, pois alguns imóveis registrados em nome das empresas de Silveira em cartórios de imóveis não foram considerados, uma vez que possuem coproprietários cadastrados em prefeituras municipais, o que indica um processo de venda a prazo. Esses imóveis não incluídos no levantamento somam pelo menos R$ 27,2 milhões.

 


Fonte: UOL
Foto: Agência Brasil

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