Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), preste depoimento à Polícia Federal em até 15 dias após afirmar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, “conversam muito”, apesar da proibição judicial de comunicação entre eles.
“O nosso presidente Valdemar conversa muito com o Bolsonaro, que é o presidente de honra”, declarou Mello na segunda-feira (13). Ele também mencionou que Valdemar está “amargurado” com a decisão de Moraes, informando que o presidente do PL teve que arranjar uma sala separada na sede do partido para evitar encontros com Bolsonaro durante suas visitas a Brasília. “Espero que daqui a pouquinho eles possam conversar na mesma sala para se ajudar mais”.
Em resposta à imprensa, a assessoria de comunicação do PL nacional negou qualquer contato entre Valdemar e Bolsonaro, afirmando que o presidente do partido tem “respeito absoluto” pelas decisões do STF e que qualquer declaração em contrário seria por “equívoco ou mal-entendido”.
Fábio Wajngarten, advogado e assessor de Bolsonaro, esclareceu que o governador apenas expressou sua discordância com a restrição imposta.
“O governador Jorginho Mello reforça, como disse na própria entrevista, que discorda completamente da restrição imposta contra o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o presidente de honra do PL, Jair Bolsonaro, e reafirma que ambos seguem cumprindo a decisão judicial apesar de ser injusto, segundo o próprio governador”, disse em nota enviada ao UOL.
A proibição de comunicação entre Valdemar e Bolsonaro foi decretada por Moraes no contexto da Operação Tempus Veritatis, iniciada em fevereiro do ano passado pela Polícia Federal para investigar uma suposta tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder.
Para evitar encontros, em eventos políticos onde ambos estão presentes, Bolsonaro e Valdemar têm chegado em horários distintos e alternado suas aparições no palco. E mais: Chuvas deixam 781 desabrigados em Santa Catarina. Clique AQUI para ver. (Foto: divulgação; Fonte: UOL)
