Caso Choquei: Ministros de Lula querem regulação das redes sociais após morte de jovem

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Ministros do governo Lula defenderam a regulação das redes sociais para combater a disseminação de notícias falsas, após a morte de uma jovem de 22 anos apontada como se envolvendo com Whindersson Nunes.

Um dos perfis que publicaram as supostas conversas entre a jovem e o humorista é o conhecido ‘Choquei’. O humorista desmentiu qualquer tipo de relacionamento com a garota, que teria tirado a própria vida. De acordo com a mão de Jéssica Canedo, ela sofria de depressão e mal utilizava redes sociais.

As declarações foram dadas nesse sábado (23) pelo ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, e pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. O líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PT-PR), filho de Zé Dirceu, também defendeu o mesmo.

Na sexta-feira (23), Jéssica Canedo, moradora de Araguari (MG), foi encontrada morta. Jéssica passou a ser alvo de ataques virtuais nas redes sociais após o perfil de notícias de celebridades ‘Choquei’ divulgar que a jovem teria um relacionamento amoroso com o humorista Whindersson Nunes.

O suposto relacionamento foi negado pelo artista e pela jovem. Segundo a família, ela sofria de depressão.
Em postagem nas redes sociais, o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio de Almeida, declarou que a regulação das redes sociais é um “imperativo civilizatório”.

“A irresponsabilidade das empresas que regem as redes sociais diante de conteúdos que outros irresponsáveis e mesmo criminosos nela propagam tem destruído famílias e impossibilitado uma vida social minimamente saudável”, escreveu.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, afirmou que a morte de Jéssica foi causada pela “irresponsabilidade” de perfis que lucram com a misoginia e a disseminação de mentiras.

“É inadmissível que o conteúdo mentiroso contra Jéssica, que fez crescer uma campanha de difamação contra a jovem, não tenha sido retirado do ar nem pelo dono da página nem pela plataforma X ao longo de quase uma semana, mesmo depois dos apelos da própria Jéssica e de sua mãe”, completou a ministra.

Em nota, o perfil Choquei afirmou que não houve “qualquer irregularidade” nas informações publicadas e que as postagens foram feitas com os “dados disponíveis no momento”.

“O perfil Choquei, por meio de sua assessoria jurídica, vem esclarecer aos seus seguidores e amigos que não ocorreu qualquer irregularidade na divulgação das informações prestadas por esse perfil. Cumpre esclarecer que não há responsabilidade a ser imputada pelos atos praticados, haja vista a atuação mediante boa-fé e cumprimento regular das atividades propostas”, declarou.

A página é administrada pelo fotógrafo Raphael Sousa. Segundo um perfil do rapaz publicado pelo portal UOL, ele abandonou o curso de publicidade e propaganda para cuidar da página no Instagram. O perfil acabou virando um negócio, apesar de não ter sido criado com esse objetivo. O Choquei também atua no Twitter.

A página tem absurdos mais de 21 milhões de seguidores, o que proporcionou a ela fechar contrato de patrocínio de grandes marcas, como Burger King, Budweiser e Zé Delivery.

Em 2014, quando criou o perfil, Raphael já conseguia vender publicidade para pequenas lojas e influenciadores digitais. Com o crescimento do projeto, no entanto, ele fez parte da ‘Banca Digital’, braço da Mynd — de onde saiu há cerca de dois anos.

Essa ‘Mynd’ tem como uma das co-fundadoras a artista Preta Gil, filha do cantor Gilberto Gil. Até por essa relação, Preta Gil recebeu inúmeros comentários nas redes sociais pedindo para que se manifestasse sobre o ocorrido.

A Choquei privilegia a publicação rápida e quase sempre descontextualizada, replicando conteúdos apurados por veículos tradicionais de imprensa. Tudo acompanhado de chamadas acompanhadas por palavras como “Urgente” e “Grave”. Basicamente os perfis ‘printam’ a notícia e publicam.

Ainda de acordo com a reportagem do UOL, o administrador “atuou como influenciador pró-Lula durante as eleições de 2022. A página fez uma “cobertura” intensa da disputa presidencial. Segundo a revista Piauí, à época, a primeira-dama Janja se tornou uma fonte do fotógrafo durante as eleições.”.


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Fontes: Agência Brasil; UOL
Foto: reprodução redes sociais

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