Magazine Luiza tem prejuízo de R$ 391 milhões no 1º trimestre

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O Magazine Luiza divulgou seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2023, apresentando um prejuízo líquido de R$ 391 milhões. Esse valor representa um aumento de 142,9% em relação ao prejuízo de R$ 161 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.

No entanto, quando considerados os ajustes necessários, o prejuízo é reduzido para R$ 309 milhões. Essa análise exclui despesas não recorrentes, como os fechamentos de quiosques nas lojas da varejista de moda Marisa (parceira) e um centro de distribuição.

Nos últimos 12 meses, a empresa fechou um total de 175 pontos físicos, incluindo nove lojas, um centro de distribuição e os demais sendo quiosques.

No primeiro trimestre, foram fechados 37 quiosques, mas nenhuma loja foi encerrada. Os custos relacionados ao fechamento do centro de distribuição foram concentrados nesse período, conforme planejado pela empresa, devido à proximidade com a unidade de Gravataí (RS).

O CFO da empresa, Roberto Belissimo, explica que a variação na área total de vendas apresentou uma queda de menos de 1% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Ele afirma que a diminuição está relacionada aos quiosques com baixa produtividade e performance, a maioria dos quais pertencia ao parceiro Lojas Marisa.

Belissimo atribui o prejuízo, que superou as previsões de instituições financeiras como XP, Itaú BBA e Santander, às despesas financeiras, que seriam sazonais. Ele destaca que, nos primeiros meses do ano, a empresa antecipa mais recebíveis para ter acesso aos montantes vendidos no final do ano. Além disso, a companhia optou por pagar a maioria de seus fornecedores no primeiro trimestre.

Para mitigar as despesas financeiras, o Magazine Luiza tem aumentado a participação do PIX nas vendas digitais, representando 40% do total (porque não há taxa, como acontece na intermediação de pagamentos feitos por cartões de crédito).

A empresa também anunciou a renovação do acordo com a Cardif, o que resultará em um aporte de R$ 1 bilhão. Além disso, a tendência é que a taxa CDI (Certificado de Depósito Interbancário) caia, ao contrário do ano anterior, quando subiu ao longo do ano.

O Ebitda da empresa foi de R$ 324 milhões no primeiro trimestre de 2023, registrando um aumento de 2% em relação ao mesmo período de 2022. Considerando os ajustes, o Ebitda ajustado foi de R$ 448 milhões, apresentando uma alta de 3,2%.

A empresa destaca que o crescimento das vendas, juntamente com o aumento da margem de contribuição do marketplace, contribuiu para o crescimento do Ebitda. O Magazine Luiza elevou as taxas cobradas aos lojistas virtuais e aumentou sua receita proveniente de serviços prestados a esses parceiros, como o Fulfillment. Nesse modelo, a empresa não apenas realiza a entrega dos produtos, mas também os armazena.


Fonte: Estadão
Foto: divulgação (via Tecnoblog)

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