O deputado Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara dos Deputados e figura influente nos bastidores de Brasília, decidiu não endossar com sua assinatura o requerimento de urgência do projeto que trata da anistia a punidos por atos antidemocráticos. A proposta, liderada pelo PL, busca levar diretamente ao plenário da Casa um tema que tem dividido parlamentares.
Lira ficou de fora da lista dos 35 deputados do PP que assinaram o pedido. Curiosamente, a sigla foi a que mais contribuiu proporcionalmente com apoios à urgência entre os partidos que integram a base do governo Lula.
Segundo informações do Metrópoles, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), chegou a telefonar para Lira na segunda-feira (14/4), pouco antes de protocolar o requerimento, tentando convencê-lo a apoiar formalmente a iniciativa.
Apesar do apelo, o parlamentar alagoano manteve sua decisão de não assinar, mas teria sinalizado que deverá votar a favor da proposta no momento em que o conteúdo for apreciado em plenário.
Desde que deixou o posto de presidente da Câmara, em fevereiro, Lira chegou a ser cotado para integrar a equipe ministerial de Lula. Atualmente, ele ocupa papel central como relator da reforma do Imposto de Renda, uma das prioridades do Executivo no Congresso.
No PP, presidido pelo senador Ciro Nogueira (PI), ex-ministro de Bolsonaro, 72,92% dos deputados – ou seja, 35 dos 48 integrantes da bancada – subscreveram o pedido de urgência. Entre eles estão nomes de destaque como o líder da bancada, Dr. Luizinho (RJ), e o segundo-secretário da Câmara, Lula da Fonte (PE). Embora o partido comande o Ministério do Esporte, ocupado por André Fufuca (MA), ainda se declara oficialmente “independente” em relação ao Planalto.
Outras legendas também demonstraram forte adesão à urgência do projeto: o União Brasil aparece logo depois do PP, com apoio de 67,8% de sua bancada; seguido por Republicanos (62,22%), PSD (52,27%) e MDB (45,45%). O Republicanos, vale lembrar, é o partido do atual presidente da Câmara e detém o comando do Ministério dos Portos e Aeroportos. E mais: Coronel assume Prefeitura de São Paulo pela primeira vez. Clique AQUI para ver. (Foto: Palácio do Planalto; Fonte: Metrópoles)