Professores da rede municipal de São Paulo iniciaram uma greve nesta quinta-feira (14) por aumento salarial. A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) propôs um reajuste de 2,16% no piso da categoria, enquanto os sindicatos querem 39% de aumento. As organizações argumentam que cerca de 20% dos professores aderiram à paralisação.
Com aproximadamente 72 mil docentes atuando para mais de 741 mil alunos, a rede municipal enfrenta desafios relacionados à valorização profissional e às condições de trabalho. Os sindicatos afirmam que a paralisação atinge apenas 3% das cerca de 4.000 escolas da cidade, incluindo as conveniadas.
Além do aumento salarial, os professores demandam o fim do pagamento por subsídio. Atualmente, os valores adicionais para aqueles que ganham acima do piso são concedidos por meio desse regime, não sendo incorporados aos salários ou utilizados para calcular a aposentadoria.
Os profissionais reivindicam a incorporação de 39% desse valor aos salários, alegando que a atual política de subsídios desvaloriza a categoria. Além das questões salariais, os docentes pleiteiam mudanças nas regras da reforma previdenciária, buscando reduzir a contribuição dos aposentados para 14% sobre o valor que excede o piso do magistério.
Também reivindicam melhores condições de trabalho, especialmente no atendimento à educação especial para alunos com deficiência, diante do aumento de casos diagnosticados sem o devido suporte.
Segundo os sindicalistas, cerca de 8.000 professores da rede, equivalente a 11%, estão trabalhando em condição de readaptados devido a problemas de saúde, sendo realocados para funções administrativas.
Em resposta, a Prefeitura de São Paulo propôs um reajuste de 2,16% para todos os servidores municipais, considerando a inflação medida entre maio de 2023 e fevereiro de 2024, além de incluir o vale-alimentação e o auxílio-refeição. Para os professores que recebem o piso salarial, a proposta foi de 3,62%, com a antecipação do pagamento do Prêmio de Desempenho Educacional (PDE) destinado à área da educação.
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