Girão protocola impeachment contra procurador-geral Paulo Gonet

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O senador Eduardo Girão (Novo-CE) formalizou nesta quarta-feira (12) um pedido de impeachment contra o procurador-geral da República, Paulo Gonet, alegando crime de responsabilidade na condução das investigações sobre um suposto plano de golpe após as eleições de 2022.

Girão questionou a atuação de Gonet, especialmente em relação à delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), apontando o que chamou de “subserviência” da Procuradoria-Geral da República (PGR) durante o processo.



Em sua crítica, o senador destacou a presença de Gonet na delação como um ponto de falha. “Ninguém imaginava que o próprio Paulo Gonet, o PGR, estava pessoalmente acompanhando aquela delação e vendo tudo aquilo sem nenhum tipo de reação. Então, é no mínimo falta de zelo pelo devido processo legal do país, é também prevaricação e omissão diante de uma ilegalidade ele não ter tomado uma medida”, declarou Girão.

Ele se refere à denúncia apresentada pela PGR em 18 de fevereiro contra 34 pessoas envolvidas na suposta tentativa de golpe, um desdobramento das investigações pós-eleitorais.



O pedido ganhou o respaldo de outros dez senadores: Magno Malta (PL-ES), Plínio Valério (PSDB-AM), Cleitinho Azevedo (PL-MG), Márcio Bittar (União-AC), Styvenson Valentim (PSDB-RN), Damares Alves (Republicanos-DF), Jayme Bagattoli (PL-RO), Luiz Carlos Heinze (PP-SC), Carlos Portinho (PL-RJ) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Durante o anúncio, Girão esteve ao lado do ex-desembargador do TJDFT Sebastião Coelho e do advogado Rodrigo Saraiva Marinho, reforçando o peso político da iniciativa.

No Senado, cabe a análise de pedidos de impeachment contra o chefe da PGR e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), assim como a sabatina para aprovação dessas autoridades após indicação do Executivo.



Para que o processo avance, é necessária a chancela do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), que agora decidirá o destino da solicitação apresentada por Girão e seus aliados. Veja a seguir!

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