‘Ex-traficantes’ marcam presença em evento da Globo para nova série

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No dia 17 deste mês, ‘ex-líderes’ de facções do Rio de Janeiro estiveram em uma festa de encerramento de gravação de uma nova série da Globo Play, plataforma de streaming da emissora carioca.

O encontro marcou o fim dos trabalhos de “Veronika”, com previsão de estreia em 2024. Na trama, a personagem principal é uma advogada criminalista e moradora de favela que acaba se envolvendo com o crime organizado. Também estão no elenco nomes como Marcelo Serrado, Mariana Ximenes, Cissa Guimarães e Leticia Spiller, entre outros. O pagodeiro Belo também interpretará um policial.

Celso Rodrigues (o ‘Celsinho da Vila Vintém’), ex-chefe da facção Amigos dos Amigos; Alexander Mendes (o ‘Polegar’), ex-chefe do tráfico na Mangueira; e Nei da Conceição (o ‘Facão’) e Amabilio Gomes (o ‘MB’), ex-chefes do tráfico no Complexo da Maré foram alguns dos presentes.

Em posicionamento ao jornal Folha de São Paulo, José Junior, presidente da AfroReggae Audiovisual e showrunner do seriado (uma espécie ‘mentor’ de uma produção), explicou que trata-se de uma ação de ‘inclusão’ que visa reinserir na sociedade pessoas que já cumpriram suas penas no sistema prisional.

“Muitos desses egressos trabalham nas nossas séries. As pessoas da foto cumpriram as suas penas, não reincidiram e têm o direito legal de ter uma segunda chance”, afirma.

O presidente da AfroReggae Audiovisual disse ainda que muitos dos ‘ex-traficantes’ e ‘ex-milicianos’ com que trabalham são usados como ‘fontes’ para a construção de roteiros.

Dos ‘polêmicos’ convidados da festa da Globo, Nei da Conceição Cruz, o Facão, tem total de condenações: 26 anos e dez meses. Ele permaneceu detido por 20 anos e ganhou liberdade condicional há três meses. Para não voltar à cadeia, ele não pode deixar o Estado do Rio de Janeiro e tem que manter uma ocupação profissional lícita.

Amabílio Gomes Filho, o MB, é quem tem o menor tempo de condenação entre os ex-traficantes que foram à festa organizada pela Rede Globo. Ele foi condenado a cinco anos de prisão.

Já Celso Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, foi solto em outubro de 2022, após cumprir 20 anos de prisão.
Por fim, Alexander Mendes, o Polegar, ex-chefe do tráfico na Mangueira, foi solto em julho de 2014. Em 2009, ele tinha sido beneficiado com o regime aberto após cumprir um sexto da pena de 22 anos por tráfico e associação para o tráfico. Em 2011, foi preso novamente para responder por três mandados de prisão contra ele por tráfico de drogas. Em 21 de março de 2014, a Justiça Federal de Rondônia declarou a condenação extinta. Um mês depois, foi concedido um habeas corpus a Polegar.


Fontes: Folha de SP; Oeste
Foto: reprodução redes sociais Alerta Rio (via Folha de SP)

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