A campanha de Lula (PT) apresentou uma nova versão de suas diretrizes de governo, neste sábado (20), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O novo documento tem duas alterações. Uma é a retirada de menção à “regulação da agroindústria” e a outra é a inclusão de uma medida do governo do ex-presidente para combate à corrupção, de 2003. As informações são do jornal O Estado de São Paulo, divulgadas neste domingo (21) em seu portal de notícias.
Segundo o jornal, o primeiro texto apresentado ao TSE dizia: “É imprescindível agregar valor à produção agrícola, com regulação e a constituição de uma agroindústria de primeira linha, de alta competitividade mundial”. Agora, mais suavizado, a diretriz de governo petista diz: “É imprescindível agregar valor à produção agrícola com a constituição de uma agroindústria de primeira linha, de alta competitividade mundial”.
A campanha de Lula, porém, não explica o que seria uma “agroindústria de primeira” linha. Apenas informa que as mudanças são “revisões do texto” e já estavam anunciadas, sem alterações de mérito.
Corrupção
A outra alteração foi feita em relação ao “combate à corrupção”. Ao argumentar que os governos petistas criaram uma “inédita política de Estado” de prevenção à corrupção, Lula incorporou um mecanismo desenvolvido no início de seu primeiro governo, pelas mãos do então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.
A primeira versão das diretrizes dizia: “Os nossos governos populares instituíram, de forma inédita no Brasil, uma política de Estado de prevenção e combate à corrupção e de promoção da transparência e da integridade pública. Criamos a Controladoria-Geral da União e fortalecemos a Polícia Federal, o Coaf, a Receita Federal e diversos órgãos e carreiras de auditoria e fiscalização”.
Agora, o texto informa: “Os nossos governos populares instituíram, de forma inédita no Brasil, uma política de Estado de prevenção e combate à corrupção e de promoção da transparência e da integridade pública. Criamos a Controladoria-Geral da União, a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem De Dinheiro (ENCCLA) e fortalecemos a Polícia Federal, o Coaf, a Receita Federal e diversos órgãos e carreiras de auditoria e fiscalização”.
“A ENCCLA é uma iniciativa que nasceu no Ministério da Justiça, em 2003, com a proposta de viabilizar no Brasil uma dinâmica estatal com a participação de vários órgãos para combate aos crimes de lavagem de dinheiro e de corrupção. A Estratégia ainda vigora e atua na prevenção e combate a esses crimes”, define o Estadão.
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