Ministros do STF, STJ e TSE não revelam quem pagou despesas em evento de Londres

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O ‘I Fórum Jurídico Brasil de Ideias’ reuniu nesta semana em Londres três ministros do STF, cinco do Superior Tribunal de Justiça e três do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de membros do primeiro escalão do governo Lula, como os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

Os juízes e os membros da administração lulista participaram de uma série de painéis, sobre tópicos como “mecanismos de aprimoramento do processo eleitoral” e “riscos e benefícios da inteligência artificial para as eleições e a indústria do Brasil”.

Entretanto, questionados pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, não forneceram informações sobre quem custeou as despesas com hospedagem e passagens de avião para participar do evento, realizado no luxuoso hotel The Peninsula, próximo do Palácio de Buckingham, com diárias que custam ao menos R$ 6 mil.

Entre os principais convidados estavam os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Dias Toffoli, do STF; Mauro Campbell, Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Luis Felipe Salomão e Antonio Saldanha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ); e André Ramos Tavares, do TSE. Moraes e Raul Araújo também atuam na Corte Eleitoral.

Segundo a jornalista, as assessorias do STF, do STJ e do TSE afirmaram inicialmente que os tribunais não foram responsáveis por esses gastos.

Enquanto os ministros do STF, do STJ e do TSE não explicaram quem custeou as despesas no fórum de Londres, os membros do governo Lula responderam à equipe da coluna que viajaram “a convite do diretor da revista Consultor Jurídico, Márcio Chaer, na condição de palestrante do 1º Fórum Brasil de Ideias”.

“A viagem foi sem ônus para União, tendo a organização do evento custeado passagem, em voo comercial, e hospedagem”, responderam Lewandowski, Messias e Andrei Rodrigues, em resposta padronizada enviada ao blog da Globo.

O evento foi promovido pelo Grupo Voto, da CEO Karim Miskulin, que, segundo informações da grande imprensa, já criticou o “canetaço” do STF, em referência à decisão de Moraes que afastou do cargo o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, em janeiro do ano passado, após o ‘8 de Janeiro’. E mais: Banco do Brasil quer dar 57% de aumento de salário para presidente da instituição. Clique AQUI para ver. (Foto: STF; Fonte: O Globo)

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