Emmanuel Macron é reeleito presidente da França

direitaonline


Pela segunda vez, Emmanuel Macron, do partido República em Marcha, venceu as eleições presidenciais na França contra Marine Le Pen (Reunião Nacional). Ele obteve 58,2% dos votos válidos diante de 41,8% da candidata, de acordo com os primeiros resultados divulgados às 20h deste domingo (24), 15h pelo horário de Brasília. A votação do segundo turno teve a maior abstenção desde 1969.

Difícil
A vitória de Macron, no entanto, não foi forjada em altos índices de popularidade de seu governo, mas em uma campanha que lutou até o último momento para superar sua rejeição entre os franceses.

Apesar de sair à frente no primeiro turno, com 27,85% dos votos, contra os 23,15% dos eleitores conquistados por Marine Le Pen, Macron, 44 anos, enfrentou um segundo turno duro contra uma candidata que tentou atrair votos de todas as alas insatisfeitas com seu governo, que não eram poucas.

Em abril, 58% dos franceses se diziam insatisfeitos com o mandato de Macron na presidência, segundo pesquisa do Ifop. Nos dias anteriores ao segundo turno, o descontentamento chegava a 69% entre os franceses de 25 a 34 anos.

Ex-ministro da economia do governo socialista de François Hollande, aquele candidato que chamou a atenção dos franceses em 2017 por ser o presidente mais jovem a governar a França, ao longo de seu mandato passou a ser duramente criticado.

Nas curtas duas semanas do segundo turno, Macron tentou apagar essa imagem ruim. O candidato-presidente deixou seu gabinete e foi correr as ruas do país para convencer os eleitores de que estava aberto a críticas e que entendia as dificuldades cotidianas da população. No seu radar, estava a gorda fatia de votos de Jean-Luc Mélenchon, do partido da esquerda radical França Insubmissa, que abocanhou 21,95% dos eleitores no primeiro turno.

Perfil
Formado na prestigiada Escola Nacional de Administração (ENA) e rodeado por uma equipe leal de jovens com passagens pelos mercados de publicidade e consultoria, Macron é visto por parte da população como produto do sistema e como uma pessoa arrogante.

Frases ditas desastradamente no início do seu mandato em que apontava parte dos franceses como “preguiçosos” ou resistentes a qualquer reforma fez com que o jovem presidente tomasse ares de alguém desligado do cotidiano das classes mais baixas na França.

Futuro
Com cinco anos de mandato pela frente, Macron agora terá de mostrar aos franceses que votaram sem convicção nele que pode ser o presidente de “todos”, como dizia seu slogan de campanha, e abrir seu governo para decisões negociadas com diferentes partidos e grupos sociais.

A formação do seu próximo governo será seu primeiro desafio. Com eleições legislativas marcadas para junho, ele pode se preparar para ter uma Assembleia Nacional muito menos favorável do que tinha até então. O tamanho de seu apoio é ponto central das alianças nos próximos meses.

Aproveitando seu sucesso no primeiro turno, Jean-Luc Mélenchon, por exemplo, já começou campanha para tentar impor ao governante um primeiro-ministro de oposição.

E veja também: Divina Misericórdia: o que Jesus disse a Santa Faustina sobre a Rússia. Clique aqui para ver.

Fonte e foto: RFI
Gostou? Compartilhe!
Next Post

Medalhista olímpica, brasileira Rayssa Leal ganha primeiro ouro no X Games

A primeira medalha de Rayssa Leal nos X-Games foi logo a dourada. Neste domingo (24), a skatista maranhense, de 14 anos, subiu no topo do pódio do street (estilo praticado em obstáculos de rua) feminino na etapa de Chiba (Japão) do tradicional evento de esportes radicais. O melhor resultado dela […]