Eduardo Bolsonaro avalia deixar mandato em definitivo

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou nessa quarta-feira (19), em entrevista à CNN, que considera deixar definitivamente o cargo de parlamentar.

“Sim, positivo. Cogito. Eu só vou ter tranquilidade de voltar ao Brasil quando Alexandre de Moraes não for mais ministro da Suprema Corte ou estiver sendo posto no devido lugar dele. Fora isso, não tenho a possibilidade de voltar ao Brasil”, afirmou durante sua participação no programa CNN Arena.




Eduardo, que anunciou sua licença do cargo na última terça-feira (18), destacou que abriu mão de um “salário sensacional” ao se afastar da Câmara sem remuneração. Atualmente, um deputado federal recebe R$ 46.366,19 por mês.

“Acho que está bem claro para todo mundo que a minha situação aqui não é uma situação confortável, estou abrindo mão de um salário sensacional, acho que todo mundo consegue imaginar como é que seja a parte financeira da vida de um deputado. Além disso, um mandato é construído a duras penas. Eleição não é algo fácil”, acrescentou.




O Regimento Interno da Câmara permite que deputados se licenciem por motivos de saúde, missões diplomáticas ou interesse particular, mas apenas nos dois primeiros casos há manutenção do salário. Pela legislação, um parlamentar pode ficar afastado sem remuneração por até 120 dias.

Eduardo Bolsonaro afirmou que solicitará asilo político ao governo dos Estados Unidos. Entre as razões que o levaram a essa decisão, citou as condenações de envolvidos nos atos de 8 de janeiro, além das prisões preventivas de Filipe Martins, Anderson Torres e Silvinei Vasques, bem como o julgamento de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).




“Eu abdico temporariamente dele [mandato], para seguir bem representando esses milhões de irmãos de pátria, que me incumbiram dessa nobre missão. Irei me licenciar sem remuneração, para que possa me dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”, declarou em vídeo publicado nas redes sociais.




O deputado também foi alvo de um pedido do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, para que fosse investigado por suposta conspiração contra o governo brasileiro durante suas visitas aos Estados Unidos. Além disso, Farias solicitou a apreensão do passaporte de Eduardo. No entanto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, arquivou o pedido na terça-feira (18), alegando falta de provas.

Caso o afastamento de Eduardo Bolsonaro ultrapasse os 120 dias permitidos, seu suplente, José Olímpio (PL-SP), assumirá o mandato. Clique AQUI para ver na íntegra. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: CNN)




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