Ex-Abin, Delegado Ramagem rebate Globo após reportagem

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O deputado federal Delegado Ramagem (PL – RJ) rebatendo reportagem do jornal O Globo dessa terça-feira (14). O vídeo foi divulgado nas redes sociais do parlamentar hoje (15).

Com o título “Abin usou sistema secreto para monitorar pessoas por meio do celular no governo Bolsonaro”, o veículo afirma que a Abin, a Agência Brasileira de Inteligência, usou um ‘sistema secreto’ para monitorar a localização de cidadãos em território nacional durante o governo Bolsonaro. “Esse tipo de monitoramento não tem previsão legal”.

Ainda segundo a reportagem, durante os três primeiros anos do governo Bolsonaro, a Abin usou o programa para “monitorar a localização de pessoas por meio do celular. A ferramenta permitia, sem qualquer protocolo oficial, controlar os passos de até 10 mil proprietários de telefones a cada 12 meses”.

“Bastava digitar o número do telefone do alvo escolhido no programa e seguir o paradeiro do dono do aparelho. O sistema permitia à Abin rastrear a localização de um cidadão por meio dos dados que o celular dessa pessoa enviava a torres de telecomunicações instaladas nas cidades”.

Ramagem, então, rebateu as informações e questionou o veículo por que não explicou que o programa foi adquirido em 2018, durante o governo Temer, e que, na verdade, Bolsonaro teria regulamentado o software e dado ‘clareza’ às condições de uso do ‘First Mile’ (o nome do tal programa).

“A tal ferramenta foi adquirida em 2018, portanto antes do governo Bolsonaro. Lá na aquisição, a ferramenta teve parecer técnico favorável da AGU, que é independente. Quando nós ingressamos na Abin, no meio de 2019, fizemos auditoria em todos os contratos. Ainda fizemos correições na corregedoria, que é independente, autônoma e avalizada pela CGU. Então, como bater na gestão do governo Bolsonaro se seus representantes que promoveram auditoria, correição, corregedoria, justamente para saber das regularidades das ferramentas”, questionou. Assista abaixo!

 

Alexandre Ramagem Rodrigues (nascido no Rio de Janeiro em 8 de maio de 1972) é um delegado brasileiro, e foi Diretor-Geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ramagem também foi nomeado Diretor-Geral da Polícia Federal do Brasil, mas, após decisão do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu a nomeação, ele retornou à Abin.

Antes, ele chefiou a equipe de segurança de Jair Bolsonaro após a vitória do candidato no 2º turno das eleições presidenciais, mas não fez parte da segurança presidencial durante a campanha presidencial de 2018, tendo sido nomeado somente após a vitória.

Em março de 2019, foi nomeado assessor do Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo, e se manteve na função mesmo após a demissão do Ministro e a nomeação de Luiz Eduardo Ramos, em junho de 2019.

Em julho de 2019, Ramagem foi nomeado Diretor-Geral da Agência Brasileira de Inteligência pelo Presidente Jair Bolsonaro, possuindo, entre outras atribuições, coordenar as atividades de inteligência no âmbito do Sistema Brasileiro de Inteligência e assistir o Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, ao qual a agência é vinculada.

Em abril de 2020, Ramagem deixou a função de Diretor-Geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sendo nomeado como Diretor-Geral da Polícia Federal, sucedendo Maurício Valeixo. Sua nomeação, no entanto, foi indeferida por Alexandre de Moraes, que atendeu um mandado de segurança apresentado pelo PDT, partido de Ciro Gomes.


Foto: Agência Câmara

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