Defasagem da gasolina vendida pela Petrobras bate 21%

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O preço da gasolina vendida pela Petrobras no Brasil está 21% abaixo da cotação internacional, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira (15/4) pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Em 22 de março, essa diferença era de 17%. No caso do óleo diesel, a defasagem média atual é de 12%. Antes disso, estava em 9%.

Para alinhar os preços em relação ao mercado internacional, a Petrobras poderia aumentar a gasolina em R$ 0,74 o litro, segundo a entidade. No caso do diesel, a defasagem está em 12% nas refinarias da estatal, possibilitando aumento de R$ 0,48 por litro.

A Petrobras está há 178 dias sem reajustar a gasolina e há 111 dias sem alterar o preço do diesel. De acordo com nota publicada no site da Abicom, a disparidade é resultado da “ligeira valorização no câmbio e nos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional no fechamento do dia útil anterior (no caso, a sexta-feira (12/4).”.

Ontem (15), para piorar, a moeda americana disparou e chegou a R$ 5,19. Clique AQUI para ver.

Sob o ponto de vista do mercado, a defasagem – principalmente em relação à gasolina – é um fator de pressão para que a Petrobras reajuste os combustíveis no Brasil. Esse aumento, contudo, teria forte impacto sobre a inflação e na popularidade de Lula.

 

Para complicar a situação, o comportamento dos preços dos combustíveis ganhou grande incerteza neste fim de semana, depois do ataque do Irã a Israel, no sábado (15/4). Os mercados temem que o conflito possa elevar a cotação do petróleo no mercado mundial, o que representa uma agravante para o cenário econômico global.

Segundo a entidade, a possível escalada do conflito, no Oriente Médio, poderá pressionar a Petrobras para fazer o reajuste.

“Nós já estamos convivendo com a defasagem no preço, tanto da gasolina quanto do óleo diesel praticados aqui no mercado brasileiro há muito tempo,e com esse evento do final de semana é natural que o mercado espere uma elevação dos preços das commodities, em especial do petróleo Brent, e naturalmente elevação do preço da gasolina e do óleo diesel, que são derivados do petróleo”, disse à CNN o presidente da Abicom, Sergio Araújo.

Na abertura do mercado na manhã desta segunda, o barril de petróleo tipo Brent custava US$ 90,51. Mas, de acordo com Sérgio, a expectativa é ultrapassar esse valor. A expectativa é de que, com o agravamento da crise, gerem-se restrições às ofertas, especialmente porque o Irã tem uma das maiores fatias de produção de petróleo.

“Esse evento do final de semana, sem dúvidas, aumenta a turbulência no mercado e, dependendo de como será a reação de Israel aos ataques, poderá, sim, ter um novo aumento nos preços, passando o preço do petróleo para um patamar superior aos atuais U$S 90 por barril”, diz.

“Isso vai pressionar, vai aumentar a defasagem já verificada nos preços, tanto da gasolina quanto do óleo diesel no mercado brasileiro. E com isso, haverá uma pressão ainda maior para que a Petrobras faça a adequação dos seus preços. Os preços da Petrobras hoje estão artificialmente baixos”, pontuou. E mais: Governo propõe salário mínimo de R$ 1.502 em 2025. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Metrópoles; Correio Braziliense; CNN; Gráfico: Abicom)

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