Ações da Netflix derretem 40% após anuncio da perda de 200 mil assinantes

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As ações da gigante de streaming Netflix desabaram em quase 40% nessa quarta-feira (20) após o anúncio da própria empresa que sua base de assinantes perdeu 200 mil clientes em todo o mundo apenas no primeiro trimestre deste ano. Detalhe: a Netflix esperava angariar 2,5 MILHÕES de novos assinantes. A companhia não registrava retração de usuários desde 2011, quando ainda permitia a locação de DVDs nos Estados Unidos.

A empresa explicou que a queda aconteceu principalmente ela “dificuldade de conseguir novos assinantes” e também por conta da suspensão de seu serviço na Rússia, que resultou na perda de 700 mil assinantes por lá. É verdade que uma queda na número de assinantes era até esperada pelo mercado, uma vez que a Netflix vinha de um crescimento muito forte durante a pandemia. Mas os 200 mil desertores da plataforma surpreendeu tanto a ponto de derrubar as ações da companhia de uma forma jamais vista.

Na Nasdaq, em Nova York, os papéis caíam 35,99% por volta das 14h40, a US$ 223,39 (R$ 1.030,79). No fechamento do pregão, a perda das ações foi de 35,12% e a cotação encerrou em US$ 226,19 (R$ 1.043,71). No Brasil, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts), equivalentes a papéis da empresa, registraram queda de 23,47% no mesmo horário, a R$ 20,97.

Futuro
E para os próximos meses, os analistas também não se empolgam com uma possível recuperação da Netflix. “A visibilidade de curto prazo é limitada e não há muito com o que se animar nos próximos meses, além do novo preço das ações muito mais baixo”, disse Doug Anmuth, analista do JPMorgan, que também cortou pela metade a estimativa de adições líquidas de assinantes, para 8 milhões.

Já a empresa deve ampliar as opções de planos de assinatura para usuários nos próximos meses, afirmou o presidente da companhia, Reed Hastings, em conferência com investidores na terça-feira (19). Segundo o executivo, os modelos devem ser de menor custo e baseados em anúncios pagos, em formato similar ao que fazem canais de televisão tradicionais.

“Aqueles que acompanham a Netflix sabem que sou contra a complexidade da publicidade e um grande fã da simplicidade das assinaturas”, declarou Hastings, também fundador da gigante junto com Ted Sarandos. “Mas sou mais fã ainda de escolha do consumidor. Faz muito sentido permitir aos clientes que eles escolham um modelo mais barato, se eles são tolerantes a anúncios.”

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Fonte: UOL; Estadão
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