Uma manifestação oficial do Ministério das Relações Exteriores sobre a recente ofensiva militar dos Estados Unidos contra instalaçõesiranianas gerou forte reação no Congresso.
Neste domingo (22), a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados divulgou uma nota criticando duramente a postura do Itamaraty.
Para os parlamentares, o comunicado emitido pelo governo brasileiro representa uma “posição alinhada com o Irã” e desconsidera a preocupação internacional com o programa nuclear do país persa.
A comissão também classificou como “lamentável” o teor da nota e afirmou que ele “rompe com uma tradição de elevada neutralidade” da diplomacia brasileira em temas sensíveis da política internacional.
A crítica surgiu após o Itamaraty condenar, em nota oficial, os ataques militares dos EUA contra as instalações nucleares iranianas. O texto do ministério, compartilhado nas redes sociais pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirma:
“O governo brasileiro expressa grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio e condena com veemência, nesse contexto, ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, em violação da soberania do Irã e do direito internacional”.
A nota também alerta para os riscos à população e ao meio ambiente decorrentes da ofensiva: “Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala”, declarou o Itamaraty.
O episódio acontece após o presidente norte-americano Donald Trump anunciar, na noite de sábado (21), que as Forças Armadas dos EUA realizaram um “ataque muito bem-sucedido” contra as instalações nucleares do Irã, atingindo as bases de Fordow, Natanz e Isfahan.
Em resposta à escalada militar, o Conselho de Segurança das Nações Unidas convocou uma reunião emergencial neste domingo, em Nova York, para tratar da situação.
Durante o encontro, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, afirmou que a ofensiva dos Estados Unidos “marca uma virada perigosa em uma região que já está em crise”.
A tensão crescente no Oriente Médio reacende preocupações globais com a estabilidade e segurança internacional diante de conflitos envolvendo potências nucleares e regimes instáveis. (Foto: EBC; Fonte: CNN)
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