A Fox News, maior canal de notícias da TV a cabo nos Estados Unidos, decidiu abandonar o projeto de expandir sua operação para o Brasil.
A emissora tinha planos de estrear uma versão brasileira em 2026, com foco nas eleições presidenciais, mas acabou recuando após não encontrar investidores interessados em bancar a ideia.
De acordo com informações da coluna F5, do jornal Folha de S.Paulo, os representantes da Fox passaram o último ano em busca de um parceiro local confiável para dividir os custos da operação. Chegaram a conversar com empresários ligados ao agronegócio, mas o alto investimento inicial afastou os possíveis sócios.
Além da dificuldade para levantar capital, a Fox também avaliou que o mercado brasileiro já está cheio de canais voltados à cobertura jornalística 24 horas. Atualmente, estão no ar pelo menos sete emissoras de notícias no país: GloboNews, Jovem Pan News, CNN Brasil, Record News, BandNews, Times Brasil/CNBC e BM&C News.
Com esse cenário de concorrência acirrada e pouco apetite de investidores, a empresa americana decidiu suspender os planos de estreia no Brasil. A Fox Corporation, dona da emissora, foi procurada pela reportagem da Folha na última segunda-feira (16), mas não respondeu oficialmente.
Fundada em 1996 pelo magnata da mídia Rupert Murdoch, a Fox News cresceu rapidamente nos Estados Unidos apostando em uma linha editorial voltada ao público conservador. Durante os anos de Donald Trump na presidência, o canal apoiou publicamente o governo republicano e frequentemente criticou os democratas, o que gerou acusações de parcialidade.
A emissora chegou a ser elogiada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que deu uma entrevista exclusiva ao canal em 2022.
Mesmo enfrentando uma queda de audiência, a Fox News manteve a liderança entre os canais de notícias nos EUA em 2023. Segundo o instituto Nielsen, a emissora teve média diária de 1,2 milhão de telespectadores — uma redução de 19% em relação a 2022. A MSNBC ficou em segundo lugar, com 780 mil, e a CNN em terceiro, com 479 mil espectadores diários.
A entrada no Brasil seria uma tentativa da Fox de ampliar sua influência internacional, mas, por ora, a ideia foi deixada de lado.
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