A campanha de Lula (PT) protocolou, nesta sexta-feira (14), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um pedido de investigação judicial eleitoral contra os canais Jovem Pan, tanto na tevê paga, no sistema UHF e nas rádios, alegando “falta de isonomia da emissora na cobertura eleitoral”. As informações são da Revista Piauí, que teve acesso ao documento.
Segundo a reportagem, “os advogados da campanha do petista listaram episódios de programas como Morning Show, 3 em 1 e Os Pingos nos Is em que comentaristas fazem ataques sistemáticos ao petista e elogios a Bolsonaro.
Um dos comentários listados na ação foi feito por Zoe Martinez, no Morning Show: “Agora não é questão de direita e esquerda. É uma questão de caráter. Não tem mais como votar no Lula por inocência. Ou você tem caráter ou você não tem. É inadmissível uma pessoa que tem caráter apoiar e continuar fazendo campanha para o Lula hoje”, disse Zoe após o primeiro turno.
Outro alvo de reclamação petista é a comentarista Ana Paula Henkel, do programa “OS Pingos nos Is”. Entre os “exemplos” citados pelos petistas está comentários de Ana sobre o intuito de Lula realizar censura e de que ele “não consegue sair às ruas”.
O comentarista Roberto Motta, também no “Pingos nos Is”, também foi citado na ação pelo seu comentário de que Bolsonaro está “defendendo a liberdade e os demais defendendo o consenso populista progressista de esquerda”.
Ainda de acordo com a Revista Piauí, a coligação petista pede que Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, dono da emissora, seja investigado por “uso abusivo de meios de comunicação” e que termine o “tratamento privilegiado” dado a Jair Bolsonaro. O texto cita ainda um suposto aumento da receita com publicidade recebida pela Jovem Pan no governo Bolsonaro e o recebimento de recursos do governo federal pela produtora Digital Seven, de Marcelo Carvalho, irmão de Tutinha e diretor comercial da emissora.