Rússia suspende importação de carne do estado do Pará

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A Rússia suspendeu as importações de carne bovina do Pará devido à confirmação de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), popularmente conhecida como ‘vaca louca’. A decisão foi anunciada pelo Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) do país russo.

A decisão entrou em vigor nessa quarta-feira (1) e afeta animais vivos, carne bovina in natura, processada e subprodutos no estado.

Em 2022, a Rússia foi o oitavo maior importador de carne bovina brasileira, mas o volume que saiu do Pará foi pequeno. Das 37,9 mil toneladas enviadas ao mercado russo, 511 partiram do Pará, ou 1,34% das vendas para o país russo.

China
Antes da Rússia, o governo federal já tinha decidido suspender a venda de carne bovina para a China, diante confirmação de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (mal da “vaca louca”) em um animal macho de 9 anos em uma pequena propriedade no município de Marabá (PA).

Também Foi feito o comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e as amostras foram enviadas para o laboratório referência da instituição em Alberta, no Canadá, que poderá confirmar se o caso é atípico.

O animal, criado em pasto, sem ração, foi abatido e sua carcaça incinerada no local. O serviço veterinário oficial brasileiro está realizando a investigação epidemiológica que poderá ser continuada ou encerrada de acordo com o resultado.

“Todas as providências estão sendo adotadas imediatamente em cada etapa da investigação e o assunto está sendo tratado com total transparência para garantir aos consumidores brasileiros e mundiais a qualidade reconhecida da nossa carne”, ressaltou o ministro Carlos Fávaro.

Em entrevista à CNN Brasil, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, diz não ser possível quando será possível retomar as exportações de carna para o país asiático: “Não podemos prever quantos dias, mas os protocolos são seguidos. Quero crer que antes da visita do [presidente] Lula à China, [prevista] em março, o caso será solucionado”.

O ministro também disse que ainda não existe confirmação se o caso do “mal da vaca louca” registrado no Brasil, nessa quarta-feira (22), se trata da forma atípica da doença, ou seja, a que não causa risco de disseminação ao rebanho e aos humanos.

“A experiência dos nossos técnicos na avaliação, a rotina onde é criado esse animal, e, principalmente, pela proibição brasileira em relação ao consumo de ração de origem animal. Isso e a experiência dos nossos técnicos veterinários, permite dizer que a probabilidade é muito grande de ser atípica. Mas isso só vai confirmar quando tiver um posicionamento claro feito a análise no laboratório canadense”, afirmou em entrevista à CNN Brasil.

E voltou a falar sobre não haver riscos para o consumo brasileiro: “Posso garantir: não se preocupem em relação ao consumo. Em hipótese alguma existe risco”, disse.


Fontes: Valor Econômico
Foto: Pixa Bay

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