Reunião do Conselho de Segurança da ONU convocada pelo Brasil termina sem resolução sobre guerra

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A reunião do Conselho de Segurança da ONU convocada pelo chanceler brasileiro Mauro Vieira, que atualmente preside rotativamente o Conselho, terminou sem a aprovação de uma resolução concreta em relação ao conflito entre o grupo terrorista Hamas e Israel. O encontro, que ocorreu em Nova York na sexta-feira, 13, foi a segunda convocação realizada para tratar da situação na região.

Ao final da reunião, Mauro Vieira afirmou que o Brasil continuará trabalhando em estreita colaboração com todas as delegações com o objetivo de buscar uma posição conjunta. Era previsto que esta reunião ainda não resultasse em resoluções definitivas para o conflito.

“O Brasil, na presidência do Conselho de Segurança, convocou a reunião de hoje. É a segunda vez que o conselho se reúne na atual situação trágica em Israel e Gaza. Na consulta fechada de hoje, os membros do conselho tiveram um briefing do próprio secretário-geral António Guterres, pessoalmente. No diálogo que se seguiu, os Estados membros tiveram a oportunidade de trocar opiniões no final.”, disse Vieira.

Durante o encontro, a Rússia defendeu a necessidade de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, comprometendo-se a apresentar um esboço para um acordo na próxima reunião do Conselho de Segurança. As discussões têm como objetivo criar um texto que represente uma posição comum em relação ao conflito, abordando tanto o fim das hostilidades quanto o processo de restauração da paz na região.

No entanto, o Conselho não conseguiu chegar a um consenso para ação imediata em relação aos ataques. Qualquer texto de resolução precisa ser aprovado por todas as entidades que compõem o Conselho de Segurança e não pode ser vetado pelos membros permanentes, que incluem a China, Estados Unidos, Reino Unido, Rússia e França. Já os membros rotativos são: Albânia, Brasil, Gabão, Gana, Grécia, Índia, Nova Zelândia, Suécia, Togo, Ucrânia.

Do lado brasileiro, Mauro Vieira reiterou que as conversas continuarão na busca por um acordo e enfatizou que a solução ideal para a região é a criação de dois Estados independentes.

Ele declarou: “O Conselho de Segurança tem uma responsabilidade crucial tanto na resposta à crise humanitária em andamento quanto nos estágios posteriores, quando serão necessários esforços multilaterais intensificados para promover o processo de paz.” A situação continua a ser monitorada de perto pela comunidade internacional, na esperança de se alcançar uma resolução pacífica para o conflito.

Análise
No programa ‘Em Pauta’, da Globo News, o jornalista Jorge Pontual analisou os motivos que levaram a essa não aprovação da resolução do Conselho após a reunião requisitada pelo Brasil. Segundo ele, pedir cessar-fogo neste momento é ajudar o Hamas. Além disso, o texto apresentado sequer condena a organização. Assista abaixo!

 


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Fonte: Estadão
Foto: Divulgação ONU

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