Em 2024, três capitais brasileiras registraram aumento acima de 10% nos preços de alimentos consumidos em casa, de acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE.
Campo Grande (MS) apresentou a maior alta, com 11,3%, seguida por Goiânia (GO), com 10,65%, e São Paulo (SP), com 10,07%. Por outro lado, Porto Alegre (RS) teve a menor variação, de 2,89%, impulsionada pelo reforço na oferta de alimentos após as chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul em 2023.
Segundo André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre, o impacto da inflação foi maior em regiões com maior consumo de carne bovina. “As cidades onde o consumo de carne é elevado acabaram sentindo mais os efeitos da inflação.” Em Campo Grande, por exemplo, as carnes subiram 31,32%, enquanto Goiânia registrou alta de 24,21% e São Paulo, 26,54%.
No Nordeste, as altas foram mais moderadas, devido ao consumo predominante de pescados, que subiram apenas 0,8% em 2024. Enquanto isso, as carnes bovinas tiveram aumento de 20,8% no mesmo período.
São Luís (MA) registrou uma inflação de alimentos de 9,56%, Fortaleza (CE) teve 8,1%, e Recife (PE), 5,95%. Em Salvador (BA) e Aracaju (SE), os aumentos foram de 5,84% e 5,07%, respectivamente.
Porto Alegre, com o menor índice entre as capitais, também viu variações mais contidas em outros produtos, como o leite longa vida, que subiu 13,44%. Em comparação, São Paulo registrou alta de 24,25% no mesmo item.
“Isso ajuda a entender as diferenças entre as capitais”, destacou Braz, ressaltando a sobreoferta de alimentos na capital gaúcha, resultado do apoio recebido após os desastres naturais que atingiram a região. E mais: Google surpreende, atende ordem de Trump e anuncia mudança em mapa. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Estadão)