PT ataca Campos Neto e o chama de “lacaio”

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Os taques do governo Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) ao presidente Roberto Campos Neto, do Banco Central (BC), alcançaram um novo patamar, com um editorial no site oficial do PT que chamou Campos Neto como “lacaio do sistema financeiro”.

Além disso, o partido comparou sua gestão a “atos de 8 de janeiro”, em uma clara alusão aos atos de vandalismo.
O texto acusou Campos Neto de golpear a economia popular por meio das taxas de juros praticadas pelo BC, que, segundo o PT, são extorsivas e prejudicam o povo brasileiro.

O partido também o acusou de promover um dos mais graves atentados contra a soberania nacional, ao revelar um plano para terceirizar a gestão de ativos brasileiros, incluindo as reservas internacionais estimadas em US$ 380 bilhões.

O PT afirmou que a terceirização dos ativos seria uma espécie de privatização do patrimônio do povo brasileiro, entregando-o ao capital especulativo estrangeiro.

Esse plano teria sido revelado durante uma entrevista concedida por Campos Neto à BlackRock, uma das maiores empresas americanas gestoras de fundos do mundo.

Em resposta, o PT chamou a ideia de criminosa. “Reafirmando o papel de lacaio do sistema financeiro, Neto revelou o mais novo plano para destruir a soberania nacional: terceirizar a gestão de ativos brasileiros”, diz o texto do partido.

O partido alegou ausência de interesse estratégico do Brasil nessa parceria, acusando a BlackRock de não se preocupar com o desenvolvimento do país, mas sim com seus próprios interesses financeiros.

“A reação à petulância do capacho do capital financeiro, envolvido até o pescoço em um ataque contra o Brasil tão grave quanto a tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro, veio à altura”, afirma o documento, ao citar uma publicação da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), na qual ela critica à ideia do presidente do BC.

Ainda de acordo com o PT, a terceirização dos ativos brasileiros abriria caminho para a exploração de multinacionais, prejudicando as populações mais vulneráveis dos países pobres.

Os ataques não ficaram restritos ao presidente do BC, mas se estenderam à gestão dele. O PT citou um “tal erro contábil de R$1 trilhão no banco”, referindo-se a um episódio de natureza não esclarecida, e cobrou investigações sobre sua gestão. Para a presidente Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, Campos Neto é o responsável pelo Brasil ter “o maior juro do planeta” e agora quer terceirizar ativos do BC.

O deputado federal Lindbergh Farias, também do PT, classificou a atitude de Campos Neto como um “escândalo vergonhoso” e pediu sua saída definitiva do BC.

O deputado argumentou que as reservas internacionais foram conquistadas com muito esforço durante os governos de Lula e Dilma Rousseff e são fundamentais para a segurança e estabilidade econômica do país.

A questão dos juros também foi alvo de críticas do PT. Lindbergh Farias alegou que os juros reais estão subindo no país, apesar do recuo da inflação, o que, segundo ele, pode gerar problemas econômicos.

O presidente do BC ainda não respondeu publicamente às acusações feitas pelo PT em seu site oficial.


Foto: Agência Brasil


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