Presidente da Argentina criará estatal de alimentos para “combater fome e inflação”

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O Governo da Argentina confirmou, nessa quinta-feira (18), que estuda a criação de uma estatal para tentar conter os preços dos alimentos. Seria a “Companhia Nacional dos Alimentos”. Esta é mais uma tentativa do presidente Alberto Fernandes de segurar a inflação no país. Antes, já havia proibido a exportação de carne e controlado preço de alguns produtos. A alta dos preços no país fechou 2021 na casa de 50%. No Brasil foi 10%.

A porta-voz do governo, Gabriela Cerruti , afirmou que “o Governo está determinado a ver como ajudar os pequenos e médios produtores ”. “A inflação é um prejuízo para a mesa dos argentinos e o governo não avalia em termos políticos o que representa um prejuízo. A possibilidade de uma Companhia Nacional de Alimentos que ajude os preços a serem de alguma forma… ajude os pequenos e médios produtores, que já existe muito, para tornar esta questão mais massiva para que as hortícolas cheguem mais baratas, sim, sem dúvida o Governo está determinado a ver como ajudar os pequenos e médios produtores”, disse.

Ela também insistiu que “a inflação é o maior problema sofrido pelos argentinos”. Além disso, quando cobrada sobre o plano do governo para tentar baixar a inflação, salientou que “as estratégias de longo prazo geralmente têm que esperar antes de qualificá-las como sucesso ou fracasso ”.

A ideia de criar a Companhia Nacional de Alimentos foi exposta pouco antes pelo diretor nacional de Políticas Integrativas do Ministério do Desenvolvimento Social da Argentina, Rafael Klejzer.

“Se havia petróleo na Argentina, é porque havia YPF (uma estatal). Uma Companhia Nacional de Alimentos recupera o poder de planejamento para o Estado “, disse Klejzer em entrevista à rádio AM530 do país vizinho. E continuou: “Ao contrário do que muitos em nosso governo acreditam, o Estado não precisa ser um bom cliente dos grandes, mas sim um bom parceiro dos pequenos e médios produtores”. Klejzer também insistiu que “a Companhia Nacional de Alimentos é muito importante porque você começa a discutir além do preço, mas discute soberanamente qual produto você barateia na mesa argentina “.

Segundo ele, a Companhia Nacional de Alimentação estaria associada aos produtores e participaria no “ planeamento, regulação, controle, produção, análise de custos e comercialização dos alimentos”.

Em outra entrevista, o líder socialista destacou que assim “será possível gerar um preço de referência para produtos de consumo de massa e acabar com a ganância das empresas que entendem os alimentos como mercadoria e não como direito social”. “Normalmente o aumento dos preços dos alimentos está acima da média inflacionária, o que significa que há crueldade com as famílias argentinas e uma enorme transferência de recursos dos setores populares para os setores concentrados da economia”, disse.

As críticas ao projeto do governo não tardaram e uma das primeiras lideranças da oposição a chegar à encruzilhada foi a deputada da Coalizão Cívica Paula Oliveto. “Companhia Nacional de Alimentos? Eles são totalmente loucos. Eles deveriam governar e parar de propor coisas que já falharam. O que vem a seguir, o livro de racionamento? Eles são absolutamente prejudiciais”, postou em seu Twitter.

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Fonte: El Clarín
Foto: reprodução Instagram

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