Policial que se candidatar será demitido, decide diretor da PF

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Brasília (DF) – O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, durante entrevista coletiva sobre a Operação Escola Segura. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil



O diretor-geral da PF (Polícia Federal), Andrei Rodrigues (foto acima), anunciou que o policial federal que se candidatar nas eleições será demitido e terá de cumprir uma quarentena de 2 anos para poder concorrer. A revelação foi feita em entrevista ao jornal ‘O Globo’, neste domingo (9).

Alçado ao cargo após chefiar a segurança do então candidato Lula (PT) durante as eleições, o delegado falou que proposta de regulamentação será enviada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública neste semestre.

Evidentemente, com a quarentena de 2 anos, nenhum policial federal em atividade poderia sair candidato nas eleições de 2024. Não daria tempo. Mas além disso, dificultaria demais que qualquer agente de segurança decida seguir para a política, pois teria de abrir mão do emprego na corporação.

Andrei afirmou que PF também regulou o uso do símbolo da corporação nas redes sociais para fins pessoais ou em atividades não ligadas à instituição. Leia abaixo aos dois principais trechos da entrevista sobre este assunto.

O Globo: O senhor disse que iria propor ao ministro da Justiça, Flávio Dino, uma lei para proibir filiação partidária de integrantes da Polícia Federal. Como está esse projeto?
Vamos propor neste próximo semestre que policial federal seja proibido de ter filiação partidária. Se quiser se candidatar, terá que ser exonerado e cumprir uma quarentena de pelo menos dois anos. Quem quiser fazer política partidária está no lugar errado. Infelizmente, a instituição foi usada várias vezes. Isso cria um desequilíbrio do sistema democrático, permitindo que o candidato se projete e use a instituição para proveito próprio. Nós também regulamos o uso do símbolo da PF nas redes sociais para fins pessoais e atividades não ligadas à instituição. A ideia é evitar uso indevido da imagem da PF.

Quais são as prioridades da sua gestão à frente da PF?
A questão ambiental é uma pauta muito forte da PF. Em junho, não tivemos nenhum alerta de desmatamento nas áreas yanomamis onde atuamos. Um carro-chefe é o combate à corrupção e ao desvio de recursos públicos. Não há que se tergiversar sobre esse tema. Vamos ser firmes e rigorosos. Há também uma diretriz muito clara do ministro Flávio Dino sobre o enfrentamento ao crime organizado e às facções. No começo do segundo semestre, vamos lançar junto aos estados as nossas forças integradas nessa frente.

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