PF indicia ex-presidente Bolsonaro por suposta falsificação de cartão de vacina

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A Polícia Federal formalizou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações no âmbito das investigações sobre a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19. A informação foi divulgada pelos portais G1 e UOL, nesta terça-feira (19).

O indiciamento representa o entendimento da PF de que há elementos suficientes para apontar os responsáveis por crimes. Com isso, o caso é encaminhado ao Ministério Público Federal, que decidirá se apresenta denúncia à Justiça ou arquiva a investigação.

À época da divulgação do caso, Bolsonaro afirmou que não tinha conhecimento dos cartão irregular e que sequer tinha necessidade dele, pois para viajar aos Estados Unidos, para onde foi em 31 de dezembro de 2022, poderia entrar sem o comprovante pela sua condição de presidente.

Além de Bolsonaro, outras 16 pessoas foram indiciadas, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ). Cid e Reis foram indiciados pelos crimes de inserção e falsificação de dados, enquanto o tenente-coronel também enfrenta acusações de uso indevido de documento falso.

As penalidades para os delitos variam de 1 a 3 anos de prisão para associação criminosa e de 2 a 12 anos para inserção de dados falsos em sistema de informações.

Após a divulgação da notícia pelo G1, o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, lamentou a divulgação da informação, mas não comentou o conteúdo do indiciamento. Clique AQUI para ver.

Enquanto isso, Washington Reis, irmão de Gutemberg Reis e atual secretário de Transportes do RJ, classificou as acusações como uma covardia e afirmou que recorrerão à justiça para provar a inocência do deputado.

“O Gute nunca se meteu em vacina […]. O deputado Gutemberg não tem nada com esse assunto, ele não fazia parte do governo. Estava totalmente longe de tudo. O assunto vacina é política. Investigar cartão de vacina? É um acinte esse negócio. É perseguição política e covarde. É um vexame. Eu estava na linha de frente e não foi provado nada contra mim. E não será provado nada contra o Gute. Vamos provar que ele é inocente”, declarou Washington Reis.

Segundo o portal de notícias da Globo, foram indiciadas as seguintes pessoas:
– Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República;
– Mauro Barbosa Cid, coronel do Exército e ex-ajudante de ordens da Presidência da República;
– Gabriela Santiago Cid, esposa da Mauro Cid;
– Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal (MDB-RJ);
– Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército que integrava a equipe de Mauro Cid;
– Farley Vinicius Alcântara, médico que teria emitido cartão falso de vacina para a família de Cid;
– Eduardo Crespo Alves, militar;
– Paulo Sérgio da Costa Ferreira
– Ailton Gonçalves Barros, ex-major do Exército;
– Marcelo Fernandes Holanda;
– Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias;
– João Carlos de Sousa Brecha, então secretário de Governo de Duque de Caxias;
– Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro;
– Max Guilherme Machado de Moura, assessor e segurança de Bolsonaro;
– Sergio Rocha Cordeiro, assessor e segurança de Bolsonaro;
– Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora de Duque de Caxias;
– Célia Serrano da Silva. (Foto: EBC)

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