Petrobras registra lucro de R$ 188 bilhões em 2022

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A Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 188,3 bilhões em 2022, resultado 77% superior ao registrado no ano anterior. Os dados foram publicados no fim da noite de ontem (1º) pela estatal. É o recorde da empresa.

O lucro anual da Petrobras também foi o maior da história entre empresas listadas na bolsa de valores brasileira, segundo levantamento realizado por Einar Rivero, do TradeMap. O segundo melhor resultado foi o da mineradora Vale, com lucro líquido de R$ 121,228 bilhões em 2021. Em terceiro lugar aparece novamente a petroleira, com o ganho de R$ 106,6 bilhões em 2021.

Em comunicado, o diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Rodrigo Araujo Alves, afirmou que a petroleira alcançou “recordes superlativos” após “diversas ações gerenciais relevantes tomadas ao longo dos últimos anos, uma vez que o preço do petróleo já esteve em patamares similares aos de 2022, sem que os mesmos resultados fossem observados”.

Ainda colaboraram para o bom resultado a alta dos preços do petróleo (Brent) no mercado internacional e ganhos com acordos de coparticipação em campos da cessão onerosa.

De acordo com a empresa, apenas no quarto trimestre do ano, o lucro chegou a R$ 43,3 bilhões, 38% a mais do que o observado no mesmo período do ano anterior.

Ebitda
Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) atingiram volume recorde de R$ 340,5 bilhões no ano de 2022, uma alta de 45% em relação a 2021. O Ebitda do último trimestre chegou a R$ 73,1 bilhões.

Em 2022, também houve um recorde no pagamento anual de tributos e participações governamentais no Brasil: R$ 279 bilhões. A dívida financeira da empresa fechou o ano em US$ 30 bilhões, 16% a menos do que em 2021.

Pagamento de dividendos
Segundo a Petrobras, o pagamento de dividendos no valor de R$ 35,8 bilhões, serão distribuídos da seguinte forma, lembrando que o governo federal é o principal acionista e recebe cerca de 27% do que é distribuído pela estatal:
(i) primeira parcela, no valor de R$ 17,9 bilhões, que será paga em 19 de maio de 2023.
(ii) segunda parcela, no valor de R$ 17,9 bilhões, será paga em 16 de junho de 2023.

Dado que o montante proposto ultrapassa a aplicação da fórmula prevista na Política de Remuneração aos Acionistas da Petrobras em R$ 6,5 bilhões no trimestre, o Conselho de Administração (CA) da empresa sugeriu que os acionistas da companhia avaliem a criação de uma Reserva Estatutária (Reserva), na forma da lei, para reter até R$ 6,5 bilhões do resultado do exercício social de 2022.

Caso os acionistas não acatem a sugestão do CA de criar a Reserva, ou, caso não seja retido todo o saldo, o Conselho recomendou aos acionistas que o pagamento desses R$ 6,5 bilhões ou do saldo remanescente ocorra em 27/12/2023 corrigido pela SELIC e deduzido do valor da segunda parcela de dividendos.

Caso a proposta de distribuição de dividendos seja aprovada na Assembleia Geral dos Acionistas sem a retenção de reservas e sem postergação sugerida pelo CA aos acionistas, os dividendos serão pagos em duas parcelas iguais nos meses de maio e junho, conforme descrito acima.


Fontes: Agência Brasil; G1; Poder360; Agência Petrobras
Foto: Agência Petrobras

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