Partido do Presidente Bolsonaro (PL) vai pedir anulação das eleições de 2022

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O Partido Liberal (PL), do presidente Jair Bolsonaro, irá pedir a anulação das eleições de 2022. As informações foram divulgadas com exclusividade pela Jovem Pan, durante o programa Os Pingos nos Is, e pelo portal O Antagonista. Ambos veículos tiveram acesso ao documento a ser protocolado pelo PL. A ação, que ainda está sendo finalizada, leva em conta ao menos duas auditorias sobre urnas e questiona “parcialidade do TSE”.

“A equipe técnica do Instituto Voto Legal (IVL), contratada pelo Partido Liberal (PL), adotou os procedimentos descritos nos instrumentos de fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU), para fiscalizar todas as fases do processo de votação e apuração das eleições bem como o processamento eletrônico da totalização dos resultados, de acordo com os artigos 61 e 66 da Lei Nº 9.504 de 1997, que garantem a ampla fiscalização aos partidos políticos, através de um sistema próprio constituído para esta finalidade. Os instrumentos de fiscalização do TCU são: Levantamento, Auditoria de Conformidade, Auditoria Operacional, Inspeção, Acompanhamento e Monitoramento”, diz o documento.

O documento é assinado por Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL); seu vice Márcio Abreu, engenheiro eletrônico, e o membro associado Flávio Gottardo de Oliveira, engenheiro aeronáutico, ambos formados no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).

A reclamação inicial é mau funcionamento das urnas eletrônicas antigas. Segundo os analistas, estudos estatísticos teriam identificado “interferência indevida nos percentuais de votação dos candidatos”. “Para encontrar evidências de que este grupo de urnas não teria funcionado corretamente, foi realizada uma análise inteligente dos dados contidos nos arquivos Log de Urna de todos os modelos de urna eletrônica, utilizados nas eleições de 2022.”

A equipe do IVL, em parceria com um empresa de TI, construiu-se uma base de dados com todos os arquivos de Boletim de Urna e Log de Urna dos mais de 472 mil equipamentos usados na votação. “Do ponto de vista técnico, quando gera um arquivo de Log de Urna inválido, a urna eletrônica apresenta falha de funcionamento e confirma que utilizou uma versão de código dos programas diferente da versão utilizada nas urnas eletrônicas modelo UE2020, lacrada em cerimônia pública no TSE. Códigos iguais de programas de urna eletrônicas geral arquivos válidos de Log de Urna.”

O documento do PL concluiu que: “os arquivos Log de Urna das urnas eletrônicas modelo UE2020 foram gerados corretamente, com o valor correto do código de identificação da urna eletrônica, o que garante a vinculação de cada arquivo Log de Urna com a respectiva urna física e o correto funcionamento da urna”.

Porém, afirma que a análise técnica “confirmou que todos os arquivos Log de Urna das urnas eletrônicas de modelos de fabricação diferentes do modelo UE2020, ou seja, modelos 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015, exibem um valor espúrio no lugar do valor correto do código de identificação da urna eletrônica, tornando impossível vincular cada arquivo Log de Urna com a respectiva urna física”.

E concluiu: “Nesta perspectiva técnica, não é possível validar os resultados gerados em todas as urnas eletrônicas de modelos 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015, resultados estes que deveriam ser desconsiderados na totalização das eleições o segundo turno, em função do mau funcionamento destas urnas.” Clique AQUI para acessar o documento do PL.

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