Nesta terça-feira (11), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu uma solicitação de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e suspendeu a restrição que o impedia de se comunicar com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Moraes, responsável no STF pela investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo Bolsonaro e outras 33 pessoas, decidiu também anular outras medidas cautelares aplicadas contra o líder partidário.
A proibição de interação entre Valdemar e Bolsonaro vigorava desde fevereiro de 2024, no âmbito do inquérito. Apesar de ter sido indiciado pela Polícia Federal (PF) nesse caso, Valdemar não foi incluído na denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o que o levou a pedir a revisão das restrições.
Na decisão, Moraes justificou: “Embora o investigado tenha sido indiciado no relatório final apresentado pela autoridade policial, a PGR não denunciou o investigado, razão pela qual, em relação a ele, não estão mais presentes os requisitos necessários à manutenção das medidas cautelares anteriormente impostas.”
Com a determinação, Valdemar passa a ter liberdade para manter contato com Bolsonaro e outros investigados, recuperar seu passaporte e viajar ao exterior, participar de eventos em homenagem a militares e policiais e reaver bens confiscados pela PF, como relógios de luxo das marcas Rolex, Bulgari e Piguet, além de valores e outros itens.
Vale lembrar que, no final de 2024, a proibição de contato havia levado Bolsonaro a solicitar permissão especial para comparecer ao velório e à missa de sétimo dia de Leila Caran Costa, mãe de Valdemar e ex-primeira-dama de Mogi das Cruzes (SP), falecida aos 99 anos em dezembro. Moraes autorizou a participação do ex-presidente nas cerimônias realizadas na cidade do interior paulista. (Foto: PL; Fonte: G1)