A ex-coordenadora do MST Kelli Cristine de Oliveira Mafort assume como Secretária-Executiva da Secretaria-Geral da Presidência. Ela foi designada pelo ministro Márcio Macêdo para ocupar a posição de número 2 na pasta. Ele destaca que Kelli “demonstrou capacidade de gestão à frente da Secretaria Nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas desde janeiro de 2023”.
Doutora em Ciências Sociais pela Unesp, Kelli foi bolsista do CNPq durante o mestrado e doutorado, desenvolvendo pesquisas sobre questões agrárias, trabalho, movimentos sociais e gênero. Sua trajetória incluiu liderança nacional no MST, atuação como educadora popular e coordenação pedagógica de programas da Unicamp em parceria com movimentos sociais. Nas redes sociais, Kelli agradeceu a nomeação, assumindo o cargo com “imensa alegria e senso de responsabilidade”. Destacou também a importância da Participação Social na implementação de políticas públicas.
A antiga secretária-executiva Maria Coelho deixou o cargo devido a desentendimentos com o ministro, recusando-se a autorizar o uso de dinheiro público para custear a viagem de três servidores a Aracaju para uma festa de Carnaval fora de época. O próprio ministro autorizou o pagamento, segundo o colunista Lauro Jardim, do Globo. Maria, servidora de longa data dos governos Lula, foi exonerada em 9 de janeiro.
A Secretaria-Geral utilizou verba pública para custear a viagem dos servidores ao Précaju, em Sergipe, no fim do ano passado. O Ministério Público junto ao TCU investigará se os recursos foram destinados de forma irregular. Após a repercussão, Márcio Macêdo reconheceu um “erro formal” e informou que o dinheiro foi devolvido.
“Eu paguei minhas passagens em voo comercial, fora do expediente, no final de semana e em agenda particular, sem receber diárias. Houve um erro formal do meu gabinete, um procedimento que não se repetirá. Três assessores foram para Aracaju e utilizaram recursos públicos erroneamente”, justificou o Ministro de Lula.
Um dos assessores foi um fotógrafo oficial da Presidência da República, que registrou Macêdo na festa. A pasta inicialmente alegou uma visita a uma ONG, não incluída nos compromissos oficiais.
No entanto, o ministro não compartilhou fotos do encontro na organização em suas redes sociais, publicando apenas 28 imagens e um vídeo da festa. “Eu sabia que eles estavam lá, mas não sabia que estavam recebendo e que foram gastos recursos públicos sem agenda institucional”, alegou Macêdo, sem mencionar a suposta ONG. “Isso não pode acontecer, isso tem que ser corrigido”, concluiu. E veja também: STF suspende decisões que impedem demarcação de terras indígenas no Paraná. Clique AQUI para ver. (fonte: Folha de SP; foto: reprodução redes sociais)