Metralhadoras furtadas do Exército em SP são recuperadas no Rio

direitaonline



Na quinta-feira, 19 de outubro, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro recuperou oito metralhadoras que haviam sido furtadas do ‘Arsenal de Guerra do Exército’, em Barueri, na Grande São Paulo. As armas, quatro delas do calibre .50 e outras quatro de calibre 7,62 mm, foram encontradas na entrada da comunidade ‘Gardênia Azul’, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro. No entanto, outras 13 armas ainda permanecem desaparecidas.

De acordo com o secretário estadual de Polícia Civil do Rio, delegado Marcus Amim, essas metralhadoras foram transportadas de São Paulo para o Rio de Janeiro com a intenção de serem negociadas com o Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Estado.

Após chegar ao Rio, as armas foram inicialmente levadas para o complexo da Penha, na zona norte, antes de serem transferidas para a Rocinha, localizada na zona sul. Posteriormente, foram transportadas para a Gardênia Azul, onde foram finalmente localizadas e apreendidas pela polícia, encontradas dentro de um veículo estacionado na entrada do bairro. Até o momento, ninguém foi preso em conexão com o caso.

A Polícia Civil informa que conseguiu identificar os traficantes que compraram as armas a pedido do Comando Vermelho, que atualmente enfrenta uma disputa com milicianos na zona oeste do Rio. No entanto, até o momento, esses indivíduos não foram localizados nem presos.

O secretário Amim afirmou que a inteligência do Exército já tinha conhecimento de que parte das armas havia sido desviada para a disputa entre tráfico e milícia na zona oeste. Após intensificar as investigações e obter dados de inteligência, a polícia conseguiu localizar as armas.

As autoridades já sabiam do paradeiro das armas desde que elas estavam na Rocinha, mas optaram por ‘seguir monitorando’ para apreendê-las em outro local. O secretário de Polícia Civil do Rio explicou: “A gente ponderou entrar na Rocinha, realizar uma operação lá, mas conseguimos dados de que elas seriam transportadas e preferimos pegar essas armas ao final do transporte e não no meio, porque isso poderia gerar um confronto (da polícia com os criminosos).”

Atualmente, dezenas de militares estão sob investigação por supostas falhas administrativas relacionadas ao furto, com suspeitas de envolvimento de um cabo no incidente. Além disso, quatro civis também estão sob investigação. Um Inquérito Policial Militar foi instaurado e corre em sigilo.

Por decisão do comandante do Exército, general Tomás Paiva, o diretor do Arsenal de Guerra de Barueri, tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa, será exonerado.

O general Maurício Gama informou que as armas furtadas estavam danificadas e sem condições de uso para o Exército, sendo destinadas ao processo de “desfazimento”. Ele afirmou: “As metralhadoras eram inservíveis. Não valia a pena economicamente fazer a sua recuperação para a administração militar.”

A linha de investigação mais provável sugere que as armas foram desviadas mediante furto com a participação de militares do Arsenal de Guerra de São Paulo.

 

E veja também: Esposa de Randolfe Rodrigues é nomeada para cargo no STF. Clique AQUI para ver.


APOIO!
Pix: Você pode nos ajudar fazendo um PIX ? Precisamos de sua ajuda!
Nossa chave de acesso é direitaonlineoficial@gmail.com | Banco Santander


Fonte: Estadão
Foto: reprodução vídeo

Gostou? Compartilhe!
Next Post

Hamas liberta mãe e filha americanas que eram mantidas reféns

O grupo Hamas anunciou por meio de seu canal no Telegram que libertou Judith Raanan, de 59 anos, e sua filha, Natalie Raanan, de 18 anos, ambas cidadãs americanas, que estavam mantidas como reféns desde o atentado terrorista ocorrido em Israel no sábado, 7 de outubro. As duas foram entregues […]