Governo Lula prepara imposto (extra) para empresas de games

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Lula com representantes do setor de games, durante campanha em 2022



Os ‘gamers’ já podem se preparar, porque vem aí o ‘Marco Legal dos Games’. E, com a regulamentação, um ‘adversário’ contra o qual o jogador não tem chance de vitória: o pagamento de um imposto extra, articulado pelo governo federal, para a indústria atuar no Brasil, que certamente será repassado ao consumidor final. As informações são do jornal O Estado de São Paulo, divulgadas nessa quarta-feira (10).

A taxa, que está sendo discutida com a Receita Federal, é similar à que o governo já estuda para o segmento de jogos de azar. “Estamos avaliando se caberia outra contribuição – é um pouco do que ocorre com a discussão dos jogos de azar, que se criou uma alíquota de 15%. É como se fosse uma Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) dos jogos. Estamos avaliando a viabilidade disso”, explicou o senador Irajá (PSD-TO), relator do Projeto de Lei (PL) 2796/2021, que versa sobre o tema.

Atualmente, as empresas do setor pagam impostos como companhias de outros setores, com base no lucro real ou presumido. Por causa do novo imposto, o Projeto de Lei, que já está na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e tinha a expectativa de ser discutido no início deste mês, ainda não passou pelo crivo dos senadores. “Pedi mais um tempo para consultar a Fazenda, a Receita sobre isso. Acredito que a resposta venha logo e que, nas próximas semanas, a gente paute o tema”, previu o relator.

‘Porcarias’
Recentemente, Lula atacou jogos de vídeo game. Em reunião com ministros, Ele criticou de forma exaltada os jogos eletrônicos, chamou os games de “porcarias”, e os associou a “violência” e “morte”, afirmando não haver nenhum que fale sobre “amor”.

O encontro ocorreu para o debate a respeito dos últimos atentados acontecidos dentro de escolas nos Brasil e tratou também do uso de redes sociais para o discurso de ódio.

Segundo ele, esses títulos não estimulam a “educação” e serve apenas para ocupar a rotina dos mais jovens com temas sobre comportamentos agressivos. “Quando meu filho tem 4 anos e ele chora, o que eu faço para ele? Dou logo um tablet para ele brincar. Ensino logo um joguinho. Não tem jogo, não tem game falando de amor. Não tem game falando de educação. É game ensinando a molecada a matar. É cada vez muito mais mortos do que na Segunda Guerra Mundial. É só pegar o jogo da molecada, o meu filho, o filho de cada um de vocês. O meu neto, o neto de cada um de vocês (…) Eu duvido que tenha um moleque de 8, 9, 10,12 anos, que não esteja habituado a passar grande parte do tempo jogando essas porcarias.


Fonte: Estadão
Foto: divulgação Palácio do Planalto; Ricardo Stucker

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